Petróleo estende os ganhos da sessão anterior com dados nos Estados Unidos e China no radar
(Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)
O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira (25) e estendeu os ganhos da sessão anterior com dados dos Estados Unidos, que reforçaram as expectativas de corte nos juros pelo Federal Reserve e enfraquecimento do dólar ante divisas globais. A perspectiva da demanda mais fraca na China e o monitoramento dos conflitos no Oriente Médio continuam no radar.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em setembro, terminaram o dia com alta de 0,71%, a US$ 81,39 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para setembro, subiram 0,89%, a US$ 78,28 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
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O que mexeu com petróleo hoje
O petróleo ganhou força com a desvalorização do dólar no cenário internacional, após dados da economia norte-americana reforçarem as apostas pelo início do afrouxamento monetário na maior economia do mundo.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,8% no segundo trimestre contra estimativa de 2%, mas a inflação diminuiu. Após os dados, o mercado manteve a probabilidade de 100% de corte dos juros em setembro pelo Federal Reserve, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group.
Os investidores seguem atentos à demanda da China, com novos estímulos para impulsionar a economia do gigante asiático.
Hoje, o Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês) surpreendeu os mercados pela segunda vez nesta semana. A autoridade monetária reduziu a taxa de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano de 2,5% para 2,3%, ao fazer uma injeção de liquidez de 200 bilhões de yuans — equivalente a US$ 27,5 bilhões.
A taxa permanecia inalterada desde agosto do ano passado e a medida sugere que as autoridades estão tentando fornecer um estímulo monetário mais pesado para sustentar a economia.
Na segunda-feira (22), o PBoC cortou a taxa de recompra reversa de sete dias de 1,8% para 1,7% e também reduziu as taxas de empréstimo de um ano (LPR) de 3,45% para 3,35%, enquanto a LPR de cinco anos passou de 3,95% para 3,85%.
Os mercados acionários da China reagiram negativamente às notícias, considerando que a urgência repentina dos empréstimos significa que as pressões deflacionárias e a fraqueza da demanda do consumidor são mais graves do que o que está precificado nos ativos. A China divulgou dados do PIB mais fracos do que o esperado neste mês.
*Com informações de Reuters e CNBC