Petróleo tem 5º dia de perdas com preocupações sobre a oferta
Os preços do petróleo estenderam as perdas pela quinta sessão consecutiva e atingiram o menor nível desde 9 de janeiro. Os investidores seguem calibrando os efeitos do governo Trump após a sinalização de que os Estados Unidos devem aumentar a produção do óleo nos próximos anos.
Nesta quarta-feira (22), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para março, caíram 0,36%, a US$ 79,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março registraram baixa de 0,51%, a US$ 75,44 o barril, em New York Mercantile Exchange (Nymex).
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo teve mais um dia de perdas ainda na expectativa de aumento da produção do óleo nos Estados Unidos.
Na última segunda-feira (20), Donald Trump disse que declarará uma emergência energética nacional, durante a cerimônia de posse à presidência dos Estados Unidos.
Ele ainda prometeu ampliar a perfuração de petróleo e gás sob o slogan “drill, baby, drill”, também deve assinar uma ordem executiva com foco no Alasca.
Caso a ampliação da produção de petróleo nos EUA aconteça, o mercado projeta um excesso de oferta neste ano — o que deve derrubar os preços do barril do óleo.
“A atenção do mercado de petróleo está lentamente se afastando das sanções dos EUA contra a Rússia e se voltando para a potencial política comercial do presidente Trump”, disseram analistas do ING, acrescentando que o complexo energético está sob pressão com a crescente ameaça de tarifas.
Em segundo plano, a commodity seguiu pressionada pelo alívio nas tensões no Oriente Médio com o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas, que entrou em vigor no último domingo (19).
*Com informações de Reuters