Mercados

Petróleo estende sequência de perdas e barril fecha abaixo de US$ 80 com ‘efeito Trump’

21 jan 2025, 17:22 - atualizado em 21 jan 2025, 17:22
Petróleo oriente médio
O petróleo teve o quarto dia de perdas com sinalizações de que o governo Trump aumentará a produção do óleo nos Estados Unidos; o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas também pressionou a commodity (Imagem: iStock/vadimrysev)

Os preços do petróleo estenderam as perdas pela quarta sessão consecutiva com os investidores calibrando os efeitos do governo Trump, após a sinalização de que os Estados Unidos devem aumentar a produção do óleo nos próximos anos.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para março, caíram 1,17%, a US$ 79,29 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. O barril ficou abaixo de US$ 80 pela primeira vez desde 10 de janeiro. 



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março registraram baixa de 2,01%, a US$ 75,83 o barril, em New York Mercantile Exchange (Nymex). 

O que mexeu com o petróleo hoje?

O petróleo estendeu as perdas ainda repercutindo movimentos da véspera (20). Ontem, Donald Trump, disse que declarará uma emergência energética nacional, prometendo preencher reservas estratégicas e exportar energia norte-americana para todo o mundo, durante a cerimônia de posse à presidência dos Estados Unidos.

A declaração de emergência é apenas uma das muitas ações que Trump deve tomar para impulsionar as indústrias de petróleo, gás e energia dos EUA e frear os esforços do governo anterior, do presidente Joe Biden, para acelerar a indústria de veículos elétricos.

Trump, que prometeu ampliar a perfuração de petróleo e gás sob o slogan “drill, baby, drill”, também deve assinar uma ordem executiva com foco no Alasca.

Nesta terça-feira (21), o republicano sugeriu a possibilidade de taxar a Europa caso o bloco não amplie as compras de petróleo dos EUA.

Caso a ampliação da produção de petróleo nos EUA aconteça, o mercado projeta um excesso de oferta neste ano, depois que a fraca atividade econômica e os esforços de transição energética pesaram na demanda nos principais países consumidores, como a China.

Em segundo plano, a commodity seguiu pressionada pelo alívio nas tensões no Oriente Médio com o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas, que entrou em vigor no último domingo (19).

No fim de semana, o Hamas libertou três reféns israelenses, como parte da primeira fase de seu acordo de cessar-fogo com Israel.

Além disso, o grupo extremista dos Houthis afirmou que vai reduzir os ataques a embarcações comerciais e navios ligados a Israel, com o cessar-fogo em Gaza seja totalmente implementado.

*Com informações de Reuters 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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