Petróleo tem nova baixa com alívio nas tensões do Oriente Médio, mas fecha semana com ganhos acima de 1%
Os preços do petróleo estenderam as perdas da véspera com alívio nas tensões do Oriente Médio, após a confirmação de que o Gabinete de Segurança de Israel aprovou o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para março, terminaram a sessão com baixa de 0,61%, a US$ 80,79 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent subiu 1,12% e completou a quarta semana de ganhos.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março caíram 0,59%, a US$ 77,39 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. No acumulado da semana, o WTI avançou 2,15%.
O que mexeu com o petróleo hoje?
Nesta sexta-feira (17), o petróleo seguiu perdendo força com o alívio nas tensões no Oriente Médio.
O gabinete de segurança israelense aprovou acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A decisão abriu caminho para o retorno dos primeiros reféns de Gaza já no próximo domingo (19) e pôs fim a 15 meses de conflitos.
Na primeira fase de seis semanas do acordo de três etapas, o Hamas libertará 33 reféns israelenses, incluindo todas as mulheres (soldados e civis), crianças e homens com mais de 50 anos.
Israel libertará todas as mulheres e jovens palestinos com menos de 19 anos detidos em prisões israelenses até o final da primeira fase. O número total de palestinos libertados dependerá dos reféns libertados e poderá ficar entre 990 e 1.650 palestinos, incluindo homens, mulheres e crianças.
Se for bem-sucedido, o cessar-fogo também poderá aliviar as hostilidades no Oriente Médio, onde a guerra de Gaza se espalhou para incluir o Irã e seus representantes — o Hezbollah no Líbano, os Houthis no Iêmen e grupos armados no Iraque — além da Cisjordânia ocupada.
Vale lembrar que na véspera o grupo Houthis sinalizou que pode encerrar os ataques a navios no Mar Vermelho. As investidas interromperam o transporte marítimo global, forçando as empresas a fazer viagens mais longas e caras pelo sul da África por mais de um ano.
Na semana, o petróleo avançou mais de 1% em reação às sanções dos Estados Unidos ao petróleo russo e os seus efeitos continuaram no radar dos investidores, em meio as incertezas sobre como o presidente eleito Donald Trump lidará com a questão.
O republicado assumirá a presidência dos Estados Unidos na próxima segunda-feira (20).
*Com informações de Reuters