Petróleo salta quase 3% apesar de cessar-fogo entre Israel e Hamas
Os preços do petróleo voltou ao nível de US$ 80 o barril e fechou o dia em tom positivo.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para março, terminaram a sessão com avanço de 2,64%, a US$ 82,03 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para fevereiro subiram 3,06%, a US$ 78,71 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo avançou em um dia movimentado no setor com a previsão de aumento de demanda do óleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), queda nos estoques dos Estados Unidos e o anúncio de cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
Nesta quarta-feira (15), a Opep afirmou que a demanda de petróleo aumentará em 1,43 milhão de barris por dia em 2026, uma taxa semelhante ao crescimento de 1,45 milhão de bpd esperado para este ano. A previsão para 2026 é a primeira da Opep em seu relatório mensal.
Na avaliação do Deutsche Bank, os preços do petróleo Brent podem potencialmente subir para US$ 87 a US$ 90 por barril (bbl) se a produção russa de petróleo sofrer uma interrupção de 1 milhão de barris por dia (mmb/d) entre o segundo e o quarto trimestres — o que pode inflacionar os preços do óleo.
Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo tiveram queda de 1,962 milhão de barris, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Os analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda menor, de 1,1 milhão de barris.
Além disso, Israel e o grupo extremista Hamas chegaram a um acordo para cessar-fogo na Faixa de Gaza, após 15 meses de conflito. As negociações foram mediadas pelo Catar.
Em uma coletiva de imprensa em Doha, o primeiro-ministro do Catar, xeique Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse que o cessar-fogo entrará em vigor no domingo. Os negociadores estão trabalhando com Israel e o Hamas nas medidas de implementação do acordo, disse ele.
*Com informações de Reuters