Petróleo dispara quase 5% com aumento mais modesto na oferta após reunião da Opep
Por Investing.com – O preço do petróleo disparou 4,6% nesta sexta-feira com a notícia de que o acordo para aumento de oferta da Opep foi mais modesto do que os investidores esperavam, diminuindo os temores de que os produtores poderiam inundar o mercado com a commodity.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em agosto subiu 4,6%, para US$ 68,58 por barril, enquanto em Londres, o Brent subiu 3,4%, para encerrar a sessão negociado a US$ 75,55 por barril.
A Opep concordou nesta sexta-feira em reduzir os limites de produção de petróleo bruto, abrindo caminho para um aumento da oferta global.
O cartel disse que quer que os países elevem a produção, retornando a 100% de conformidade com as cotas acordadas até 1º de julho de 2018.
A exigência da Opep de que os participantes do acordo retornem aos limites vem após dados que mostraram que alguns países estão cortando a produção mais do que o necessário.
Embora o cartel do petróleo parecesse relutante em fornecer números específicos sobre as cotas, a Arábia Saudita disse que a medida equivaleria a um aumento nominal na produção de cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd), ou 1% da oferta global.
Analistas disseram, no entanto, que vários produtores do acordo liderado pela Opep teriam dificuldade em aumentar a produção, levando a um aumento mais modesto na oferta de petróleo.
“É importante notar que o mercado deve ver apenas um aumento prático de cerca de 600 mil barris por dia, uma vez que vários países do acordo não são capazes de aumentar a produção”, disse a National Alliance.
O acordo surge um dia depois que o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, dizer que o acordo de corte de produção, em vigor desde janeiro de 2017, atingiu seu objetivo de reequilibrar o mercado de petróleo, restaurando os estoques globais para a média de cinco anos.
Também elevando o sentimento dos traders sobre os preços do petróleo, houve uma queda nas contagens de sonda dos EUA pela primeira vez em cinco semanas, apontando para uma possível desaceleração na produção doméstica.
O número de plataformas de petróleo que operam nos EUA caiu em uma unidade para 862, de acordo com dados da empresa de serviços de energia Baker Hughes.