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Petróleo dispara para maior nível em duas semanas com demanda nos EUA e tensão no Oriente Médio

18 out 2023, 19:33 - atualizado em 18 out 2023, 19:33
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Os futuros do petróleo Brent subiram 1,60 dólar, ou 1,8%, a 91,50 dólares o barril (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

Os preços do petróleo subiram cerca de 2% nesta quarta-feira, para o maior nível em duas semanas, devido a um consumo de estoques dos EUA maior do que o esperado e às preocupações com o abastecimento global, depois que o Irã pediu um embargo de petróleo a Israel por causa do conflito em Gaza.

Os futuros do petróleo Brent subiram 1,60 dólar, ou 1,8%, a 91,50 dólares o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 1,66 dólar, ou 1,9%, para 88,32 dólares. Nas máximas da sessão, ambos os contratos de referência subiram mais de 3 dólares por barril.

A Administração de Informação sobre Energia dos EUA (AIE) disse que as empresas de energia retiraram 4,5 milhões de barris de petróleo dos seus estoques durante a semana encerrada em 13 de outubro.

O montante foi muito superior à queda de 0,3 milhão de barris prevista pelos analistas numa pesquisa da Reuters. Na terça-feira, o grupo industrial Instituto Americano do Petróleo (API) relatou uma queda de 4,4 milhões de barris.

Houve ainda uma queda de 0,8 milhão de barris nas instalações de armazenamento de Cushing, em Oklahoma, para o nível mais baixo desde outubro de 2014, suscitando preocupações sobre a qualidade do petróleo que permanece no ponto de entrega para os futuros de petróleo dos EUA.

“A maior preocupação neste relatório é Cushing, Oklahoma… estamos reduzindo esse volume para níveis perigosamente baixos que devem apoiar todo o complexo”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

Flynn observou que os preços atingiram máximas da sessão depois que o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, pediu um embargo de petróleo a Israel, após centenas de palestinos terem sido mortos em uma explosão em um hospital em Gaza. Autoridades israelenses e palestinas culparam-se mutuamente.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não planeja tomar qualquer ação imediata face ao apelo do Irã, membro da Opep, disseram à Reuters quatro fontes do grupo produtor.

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