Petróleo dispara mais de 10% após ataques em gasodutos da Arábia Saudita
As cotações dos contratos futuros de petróleo disparam mais de 10% na sessão asiática, em meio a preocupações em torno dos desdobramentos após ataques de drones a gasodutos da Saudi Aramco, responsável por 10% da oferta global da commodity.
Os contratos futuros do WTI disparam 11,83% para US$ 61,29 por barril. Já o barril do Brent relata alta de nada menos que 13% – para US$ 68,05 o barril.
Para Chris Midgley, chefe de pesquisa da S&P Global Platts, o impacto na economia real é diferente do visto nos mercados.
“Enquanto no curto prazo o impacto direto físico no mercado pode ser limitado, isso deve afastar os investidores do ciclo macroeconômico mais pessimista e elevar o prêmio de risco nos mercados a medida que os fundos reduzem suas posições vendidas”, apontou à CNBC.
Por sua vez, Jason Gammel – analista de energia da Jefferies – avalia maior risco geopolítico na região. “O risco de conflito mais amplo nas regiões, incluindo uma resposta saudita ou norte-americana, provavelmente elevará o risco de prêmio político do petróleo de US$ 5,00 a US$ 10,00 por barril”, afirmou.
50% a menos
No último sábado, drones atacaram os gasodutos da Saudi Aramco, paralisando cerca de 50% da produção de petróleo na região, equivalente a 5,7 milhões de barris por dia. É a maior ruptura de oferta já vista no mercado de óleo bruto.
Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, acusou o Irã de realizar os ataques em Abqaiq. Como resposta, o governo iraniano diz estar preparado para a guerra.
Por fim, o presidente Donald Trump afirmou via Twitter que os EUA poderão elevar a produção de óleo bruto em caso de demora da retomada da produção pela Arábia Saudita.