Petróleo encerra semana com maior cotação de 2023
O petróleo atingiu, nesta sexta-feira (01), a maior cotação do ano, após uma alta semanal de 4,8%. A valorização do barril foi desencadeada por mais restrições na oferta da commodity.
A expectativa que ronda o mercado é de mais um corte voluntário da Arábia Saudita, a ser anunciado em outubro, suspeitam analistas do mercado. O futuro membro dos Brics já havia realizado um corte voluntário no mês passado, além daquele ratificado por todos os países membros da Opep+ em junho.
No desempenho intradia, o Brent (referência internacional) avançou 2,52% e escora a marca dos US$ 89, enquanto o WTI (referência americana) avança 2,39%, aos US$ 85,7.
Para a Arábia Saudita, a decisão de continuar apertando a oferta de petróleo responde a sinais de fraqueza da China, principal importador de petróleo do mundo, e das economias ocidentais.
O cenário mais provável é que o líder da Opep+ faça um corte de 1 milhão de barris por dia à capacidade produtiva.
A Arábia Saudita tem empenhado esforços para garantir uma contínua valorização do barril, principalmente em um contexto de queda de mais de US$ 16 bilhões das reservas internacionais sauditas, de acordo com dados do BC local; trata-se do menor volume das reservas desde 2009.
A retração das reservas internacionais do principado marca uma mudança na alocação de investimentos do país, que passa a buscar oportunidades mais arriscadas no exterior e um maior gasto público no âmbito doméstico.
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Rússia ensaia cortes na exportação de petróleo, em ação coordenada com Opep
Além de restrições ventiladas pela Arábia Saudita, a Rússia deve continuar diminuindo o ritmo de exportações.
Alexander Novak, um dos altos oficiais do Kremlin, declarou à imprensa russa que o governo irá realizar cortes na exportação de petróleo, em uma ação coordenada com demais membros da aliança de produtores.
“Sim, nós concordamos. Mas vamos anunciar os parâmetros básicos na próxima semana, publicamente”, disse Novak a imprensa russa.
As atuais medidas de corte da Rússia e da Arábia Saudita somam-se a cortes voluntários de aproximadamente 1.2 milhões de barris por dia, em vigor desde maio.
Para setembro, a Rússia deve diminuir a sua capacidade em 300 mil barris por dia, após um corte de 500 mil barris por dia em agosto.