Petróleo

Petróleo dispara 12% na “montanha-russa” após maior queda livre dos últimos 30 anos

10 mar 2020, 9:22 - atualizado em 10 mar 2020, 9:22
Petróleo
Commoditie recupera 12% de seu valor após tombo (Imagem: Unsplash/@zburival)

Os preços do petróleo subiam nesta terça-feira, tendo chegado a saltar cerca de 10%, um dia após terem registrado a maior queda em quase 30 anos, com investidores mirando possíveis estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Opep seguem possíveis.

O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de 4 bilhões de dólares em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.

O petróleo Brent subia 3,99 dólar, ou 12%, a 37,70 dólares por barril, às 09:22 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 2,78 dólar, ou 8,93%, a 33,91 dólares por barril.

A derrocada do petróleo seguiu o fracasso nas negociações entre Opep e Rússia quanto ao corte da produção mundial (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Mais cedo, o Brent tocou máxima da sessão de 37,75 dólares por barril, enquanto o WTI alcançou 34,42 dólares, ambos com ganhos de mais de 10%.

Ambos os contratos de referência haviam caído 25% na segunda-feira, para os menores níveis desde fevereiro de 2016, no maior recuo percentual diário desde 17 de janeiro de 1991, quando as cotações caíram com o início da Guerra do Golfo.

A derrocada veio após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia terem fracassado na sexta-feira em conversas para um acordo de redução da produção, levando a uma guerra de preços por participação no mercado.

Mas o ministro russo de Energia, Alexander Novak, disse que não descarta medidas conjuntas com Opep para estabilizar o mercado e acrescentou que o próximo encontro da aliança Opep+ está planejado para entre maio e junho.

O ministro saudita de energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, no entanto, disse à Reuters que não vê necessidade de uma reunião da Opep+ em maio ou junho se não houver um acordo sobre medidas a serem tomadas para compensar o impacto do coronavírus sobre a demanda e os preços.

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