Petróleo

Petróleo chegou a zerar ganhos do ano com protestos na China, até que outro fator ‘salvou’ o pregão

28 nov 2022, 17:41 - atualizado em 28 nov 2022, 18:00
Banco do Povo China
Pequim, Wuhan e outras grandes cidades registram agitações no fim de semana (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Os mercados futuros de petróleo abriram a semana no vermelho, com investidores monitorando desdobramentos dos protestos na China e a possibilidade de um novo corte por membros da Opep.

Por volta das 16h45, o WTI (referência americana) operava em alta de 1,19% e o Brent, em queda de 0,86%. Com isso, o Brent firmou preço em US$83/barril, mitigando as mínimas do dia.

Em meio à política do ‘Covid Zero’ e o avanço de casos diários, Pequim e outros centros importantes da China testemunharam protestos durante o final de semana. 

Ainda não está claro qual a dimensão, ou se estão relacionados somente à questão da covid-19.

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Mais corte à vista

Os mercados de petróleo encaminhavam um pregão de forte queda, até que a possibilidade de um novo corte de produção por países-membros da Opep+ começou a ganhar tração nas negociações. O movimento impõe mais restrições à oferta da commodity no mercado global e ajuda neutralizar parte das instabilidades sopradas da China.

A aliança de produtores e exportadores de petróleo se reunirá no próximo dia 4 de dezembro. Até lá, “a Opep continuará monitorando as condições de mercado”, conforme disse Mohammed Saadoon Mohson*, representante do governo iraquiano na Opep, à mídia estatal daquele país. O Iraque é o segundo maior produtor de petróleo da Opep,

Ainda em sua fala, o representante do Iraque disse entender que um “preço justo” para o petróleo em 2022 gira em torno dos US$97/barril, no que pode sinalizar um entendimento de que novos cortes deverão ser colocados para recuperar o terreno perdido pela commodity em novembro.

*Com informações de S&P Global*

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