Petróleo cede forte por alta de estoques (ignorada na quarta) e demanda duvidosa
A alta do petróleo na quarta, tanto em Londres quanto em Nova York, não refletiu de elevação dos estoques americanos porque o anúncio chegou quando os mercados estavam praticamente fechando. Nesta quinta (11), os agentes contabilizam melhor e o barril cede forte nas duas bolsas mercantis.
O barril na ICE Europe flutua em perdas em torno 6%, estando abaixo dos US$ 40, às 9h40 (horário de Brasília); nos Estados Unidos, o WTI recua mais de 7%.
As dificuldades de retomada da demanda e de que a prorrogação dos cortes de produção pela Opep+ seja insuficiente, além de duvidosa, ficaram ascendentes com o reporte de 8,4 milhões de barris divulgado pela American Petroleum Institute (API). E se somou ao divulgado pelo Departamento de Energia do país, de 5,72 milhões/barris na semana passada.
Os inventários não cedem e a demanda sofre com a lentidão, como advertiu, entre outros, Rob Haworth, do US Bank Wealth Management, à Bloomberg. Adicionados das preocupações com o que poderia ser uma segunda onda do novo coronavírus nos Estados Unidos, após dados preocupantes em vários estados importantes.
Flórida, Texas e Califórnia estão contrariando expectativas otimistas quando ao contágio.
Os países produtores da Opep, mais aliados liderados pela Rússia, a Opep+, haviam decidido a extensão até agosto dos cortes de produção, mas não esconderam a desconfiança do mercado e de seus próprios membros do quão efetivo irá ser por parte de alguns membros. A Líbia também anunciou a entrada de novos campos de bombeamento.
Com tudo isso em cena, nem a temporada de furacões na América do Norte, que sempre ameaça a produção no Golfo do México, está ajudando o óleo cru.