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Petróleo cai enquanto continuam receios com shale e diminuem temores com a Síria

16 abr 2018, 11:24 - atualizado em 16 abr 2018, 11:24

Investing.com – A cotação do petróleo recuava no início da semana nesta segunda-feira, já que investidores esperam que não haja escalada militar imediata na Síria após o ataque conduzido pelos EUA no fim de semana

Os EUA, o Reino Unido e a França lançaram mais de 100 mísseis que tinham como alvo instalações do governo sírio no domingo; o ataque ocorreu em resposta a um suposto ataque com gás venenoso em 7 de abril.

Sugerindo que a ação militar não seria prolongada, o presidente Donald Trump saudou o ataque como “perfeitamente executado”, ao mesmo tempo que acrescentava que a campanha militar para degradar o potencial de armas químicas do regime de Assad tinha atingido seus objetivos.

Contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, tinham perdas de US$ 0,73, ou cerca de 1,1%, e eram negociados a US$ 66,66 o barril às 09h45. A referência norte-americana tocou seu maior nível desde dezembro de 2014, US$ 67,76, na sessão anterior.

Enquanto isso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuava US$ 0,72, ou cerca de 1%, para US$ 71,86 o barril.

Na semana passada, as duas referências tiveram seu desempenho percentual semanal mais forte desde o final de julho do ano passado, com o WTI ganhando em torno de 8,6%, ao passo que o Brent teve um aumento na semana de 8,2%.

Além disso, um aumento na extração dos EUA para nova produção também fazia com que os preços da commodity ficassem mais baixos.

Exploradores dos EUA acrescentaram sete sondas de petróleo na semana encerrada em 13 de abril, levando o total para 815, afirmou a Baker Hughes da General Electric(NYSE:GE), empresa prestadora de serviços de energia, em seu relatório na sexta-feira.

É o maior número desde março de 2015, sustentando preocupações a respeito do aumento da produção dos EUA.

A produção norte-americana de petróleo, conduzida pela extração de shale oil chegou à máxima histórica de 10,52 milhões de barris por dia na semana passada, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.

Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam afetar os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.

Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo para reduzir os estoques globais para a média de cinco anos. O acordo tem validade até o final de 2018.

Nesta semana, investidores de petróleo aguardam novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto nos EUA na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir.

Comentários de produtores mundiais de petróleo, que podem apresentar mais sinais se seus planos de estender para o ano que vem o atual acordo de cortes na produção, também permanecerão em destaque.

Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam 0,9% para US$ 2,045 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha perdas de 0,8% e era negociado a US$ 2,084 o galão.

Contratos futuros de gás natural subiam 0,8% e estavam cotados a US$ 2,757 por milhão de unidades térmicas britânicas.

Por Investing.com

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