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Petróleo cai 3% em meio a dados de desaceleração chinesa e global

22 jan 2019, 17:04 - atualizado em 22 jan 2019, 17:10

Petrobras

Por Investing.com – O acordo comercial entre os EUA e o China não pode ser rápido o suficiente para os touros de petróleo. O petróleo bruto West Texas Intermediate e o Brent de Londres caíram cerca de 3% até às 16:25 desta terça-feira, quando traders e investidores digeriram notícias do menor crescimento econômico anual da China em quase 30 anos e pedidos de fábricas indicando uma perda adicional de atividade e empregos.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, revisou para baixo sua previsão de crescimento global em 2019 para 3,5%, ante 3,7% em outubro.

WTI perdeu US$ 1,60, ou 2,96%, a US$ 52,44 por barril, após subida de 3,3% na sexta-feira. O Brent, referência global do petróleo, caiu US$ 1,90, ou 3,03%, para US$ 60,84, depois de ganhar 2,5% na sessão anterior.

O rali de sexta-feira ocorreu quando a OPEP publicou a redução produtiva de cada país membro e de aliados, denominados de OPEP+ (que inclui a Rússia), grupo que se comprometeu a retirar 1,2 milhão de barris por dia do mercado até que os preços caíssem até 40%.

As especulações de que a China, maior compradora de petróleo do mundo, ofereceu para elevar suas importações anuais dos EUA em mais de US$ 1 trilhão para compensar o desequilíbrio comercial entre os dois países também impulsionaram o mercado, embora Washington tenha sido frio com a ideia de que Pequim planejasse fazer o upgrade ao longo de um período de seis anos, mais rápido do que ofertado pela administração Trump.

O não comparecimento do presidente Donald Trump no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, devido à paralisação parcial do governo dos EUA, também apagou as esperanças de que as negociações comerciais fariam algum progresso nesta semana. Esperava-se que Trump e altos funcionários dos EUA se reunissem com a delegação chinesa no fórum antes da trégua comercial de 90 dias, que termina em 1º de março.

As importações de petróleo da China atingiram um recorde superior a 10 milhões de barris por dia no final de 2018. Mas também há um consenso crescente de que seu crescimento de energia pode ter atingido o pico por enquanto.

“É claro que, olhando para a demanda de petróleo chinesa, não se veria qualquer evidência real de uma desaceleração”, disse Phil Flynn, analista da corretora The Price Futures Group, em Chicago.

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