Petróleo cai 2% e atinge menor nível em quatro anos com temor de recessão

Os preços do petróleo fecharam em queda de 2%, atingindo uma mínima de quase quatro anos nesta segunda-feira (7). A commodity foi, mais uma vez, pressionada pela preocupação de que as últimas tarifas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possam levar as economias de todo o mundo à recessão e reduzir a demanda global por energia.
Os contratos futuros do Brent para junho caíram 2,08%, para fechar a US$ 64,21 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para maio, também recuaram 2,08%, a US$ 60,70 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
Os índices de referência do petróleo, que caíram cerca de 11% na semana passada, encerraram a sessão nos menores níveis desde abril de 2021.
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O que derrubou o petróleo hoje?
A sessão foi marcada por extrema volatilidade, com os preços intradiários caindo mais de US$ 3 por barril durante a noite e subindo mais de US$ 1 na manhã desta segunda-feira (7), depois que uma notícia de que Trump estava considerando uma pausa de 90 dias nas tarifas. As autoridades da Casa Branca rapidamente negaram a reportagem, fazendo com que os preços do petróleo voltassem ao vermelho.
Confirmando os temores dos investidores de que uma guerra comercial global completa tenha começado, a China, a segunda maior economia do mundo, atrás dos EUA, disse na sexta-feira que imporia taxas adicionais de 34% sobre os produtos norte-americanos em retaliação às últimas tarifas de Trump.
Trump respondeu que os EUA imporiam uma tarifa adicional de 50% sobre a China se Pequim não retirasse suas tarifas retaliatórias sobre os EUA, e disse que “todas as conversas com a China sobre suas reuniões solicitadas conosco serão encerradas”.
A Comissão Europeia, por sua vez, propôs contra-tarifas de 25% sobre uma série de produtos norte-americanos nesta segunda-feira, em resposta às tarifas do presidente Donald Trump sobre aço e alumínio, segundo um documento visto pela Reuters.
*Com informações de Reuters