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Petróleo afunda 4% com mau humor global com EUA-China e recuo de cortes russos

07 fev 2019, 15:15 - atualizado em 07 fev 2019, 15:15

Petróleo

Por Investing.com – Depois de um breve alívio em relação aos estoques dos EUA, que cresceram menos que o esperado, os preços do petróleo voltaram à trajetória de queda nesta quinta-feira. A Rússia descartou qualquer urgência de formalizar cooperação adicional com a Opep para reduzir a oferta global por meio de cortes na produção.

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Os futuros do petróleo bruto WTI negociados em Nova York caíam US$ 2, ou 4%, para US$ 51,95 o barril às 15h, enquanto o Brent recuava 2% para US$ 60,77 o barril.

No radar, o mau humor dos investidores com o ritmo lento das negociações entre China e EUA após notícias de que Trump e Xi Jinping não deverão se encontrar antes do prazo final de 1º de março para imposição de novas tarifas americanas.

O petróleo esteve sob pressão nesta semana em meio a sinais de que a fraqueza econômica global reduziria a demanda, com temores reforçados após dados da EIA mostraram que os EUA continuam a produzir petróleo em níveis recordes, superando fontes tradicionais como a Arábia Saudita ou a Rússia.

As esperanças de um acordo entre a Opep e os aliados liderados pela Rússia seja suficiente para frear a oferta global enfraqueceram depois que a Bloomberg informou nesta quarta-feira que Moscou reduzindo o ritmo dos cortes para entregar em maio o acordo. O acordo original previa cumprimento em março.

Na terça-feira, o The Wall Street Journal noticiou que a OPEP, liderada pela Arábia Saudita, estava tentando atrair a Rússia para uma união formal com o cartel para melhor garantir a conformidade do país com o reequilíbrio do mercado.

John Kilduff, sócio-fundador do fundo de hedge de energia de Nova York, Again Capital, comparou a ideia de subordinar a Rússia às regras da Opep como “levar um cavalo à água, mas não conseguir beber”.

“Os russos sabem que, quando são forçados a manter seus suprimentos proativamente o tempo todo para sustentar os preços, eles apenas promovem mais barris de outros competidores que não jogam com essas regras”, disse Kilduff.

Ainda no setor energético, os futuros de gasolina caíam 1,30% para US$ 1,4402 por galão, enquanto óleo de aquecimento perdia 1,40% para US $ 1,8645 por galão.

Por fim, os futuros de gás natural eram negociados com queda de 1,62%, para US$ 2,619 por milhão de unidades térmicas britânicas.