Commodities

Petróleo abaixo de US$ 20 seria competitivo no futuro, diz BNP

05 ago 2019, 15:25 - atualizado em 05 ago 2019, 15:25
A Alemanha está entre os países que consideram incluir a precificação de carbono em seu setor de transporte, medida já adotada na Califórnia (Imagem: Bloomberg)

As fontes eólica e solar podem produzir energia sete vezes mais útil para carros, em termos de investimento, do que a gasolina com os preços do petróleo perto do nível atual, segundo o BNP Paribas.

O petróleo teria de cair para US$ 9 a US$ 10 o barril no longo prazo para que carros movidos a gasolina continuem competitivos em relação à energia limpa dos veículos elétricos, e para US$ 17 a US$ 19 o barril no caso do diesel, disse Mark Lewis, chefe global de pesquisa em sustentabilidade da unidade de gestão de recursos do BNP, em relatório.

“Nossa análise leva a uma conclusão muito clara para o setor de petróleo: para o mesmo investimento hoje, a energia eólica e solar já produzirá eletricidade muito mais útil para os veículos elétricos do que o petróleo comprado no mercado à vista”, disse Lewis. “São números impressionantes” e sugerem que o modelo econômico das energias renováveis, em conjunto com os veículos elétricos, deve se tornar “irresistível na próxima década”.

Lewis cunhou o termo “retorno de energia sobre o capital investido” para explicar o modelo econômico do transporte rodoviário. É uma medida dos recursos gastos em petróleo e energias renováveis e o diferencial de sua energia líquida produzida quando usada para fornecer mobilidade, disse.

Ainda assim, as mudanças levarão tempo.

“A indústria petrolífera hoje desfruta de uma enorme vantagem em escala sobre a energia eólica e solar em várias magnitudes – o petróleo respondeu por 33% da energia global em 2018, comparado com apenas 3% da energia eólica e solar”, disse Lewis.

Preços mais altos de carbono aplicados em mais lugares do mundo aumentariam a chance de atingir as metas de emissão implícitas no acordo climático de Paris fechado em 2015, avalia Lewis.

A Alemanha está entre os países que consideram incluir a precificação de carbono em seu setor de transporte, medida já adotada na Califórnia.

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