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Petroleiras enfrentam mais um dia ruim com peso de impostos; RRRP3 derrapa 10% e PETR4 perde mais de 3%

01 mar 2023, 12:50 - atualizado em 01 mar 2023, 12:53
3R Petroleum
3R Petroleum e outras empresas do setor de óleo e gás enfrentam nova sessão de queda na Bolsa nesta quarta-feira (1º) (Imagem: Divulgação/3R Petroleum)

As ações das petroleiras brasileiras engatam novo pregão de forte queda nesta quarta-feira (1º), com a notícia de que o governo quer taxar a exportação de petróleo bruto por quatro meses.

Além do anúncio do imposto sobre as exportações de petróleo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou ontem à noite que a reoneração da gasolina terá aumento de R$ 0,47 o litro, enquanto o etanol terá alta de R$ 0,02.

No último fechamento, PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) desabaram 9,04% e 6,97%, respectivamente. A Petrobras (PETR4) não conseguiu se segurar em campo positivo e terminou o dia com perdas de 3,48%.

Hoje, as petroleiras voltam a cair bem, com 3R Petroleum amargando desvalorização de 10% perto das 12h45. As ações de PRIO e Petrobras recuavam 4,42% e 3,41%, enquanto PetroReconcavo (RECV3) perdia 6,11% e Enauta (ENAT3) mostrava queda de 3,99%.

Esta quarta tem outro fator que pressiona as ações de óleo e gás: o petróleo negociado nos mercados internacionais também cai, repercutindo o aumento nos estoques dos Estados Unidos.

Como ficam as ações?

Na avaliação da XP Investimentos, o anúncio de impostos pelo governo deve causar uma “reação feroz” das petroleiras nos próximos quatro meses.

De acordo com a corretora, haverá uma corrida para armazenagem.

“As empresas tentarão adiar ao máximo as exportações, esperando que esses impostos não se tornem permanentes (o que pode frustrar as expectativas do governo em relação às receitas)”, diz.

Entre as empresas do setor, a XP avalia que a PRIO provavelmente sentirá o maior impacto. Em seguida, Petrobras. A XP vê impactos moderados para 3R Petroleum ou Petroreconcavo.

“No entanto, não é um trimestre de impostos que muda a agulha para os investidores: é a percepção dos riscos que estão por vir”, ressalta a corretora.

Mesmo se o Brasil acabar com impostos permanentes de exportação de petróleo, o preço interno será afetado ao longo do tempo, afirma a XP.

“Como o Brasil é um exportador líquido de petróleo bruto (exportações líquidas/produção é de aproximadamente 40%), os preços internos tendem a seguem a paridade de preços de exportação – ‘PPE‘ (embora o domínio da Petrobras sobre a produção e o consumo de petróleo possa distorcer isso). Então, no final, achamos que os preços de venda do petróleo podem ser afetados para todas as empresas júniores de óleo e gás sob nossa cobertura”, explica a corretora.

No entanto, a XP acredita que boa parte dos efeitos de perpetuidade de um imposto de 9,2% para exportação de petróleo (cerca de 40%) já foi precificado no pregão anterior.

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