Petroleira desbanca Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) e é a ação mais recomendada entre 28 analistas

A PRIO, antiga PetroRio (PRIO3), desbancou os pesos-pesados da Bolsa Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) e assumiu a liderança de ações mais recomendada entre 28 carteiras de bancos, corretoras e casas de análise, segundo levantamento realizado pelo Money Times.

Ao todo, a companhia recebeu 17 indicações, contra 16 da Vale e 15 do Itaú Unibanco. O BTG Pactual, que recomendou o papel, lembra que as ações tiveram um desempenho inferior ao mercado depois que o governo impôs um imposto de exportação sobre o petróleo bruto.

“Mas não esperamos que esse imposto dure muito e os fundamentos dos preços do petróleo estão melhorando novamente”, discorre.

Ainda segundo o BTG, a PRIO está em uma posição única no setor brasileiro de petróleo e gás: forte curva de crescimento da produção, espaço para reduzir ainda mais os custos e bem capitalizada, o que deve permitir as aproveitar oportunidades que ninguém mais pode no setor.

“E mesmo que nenhuma aquisição seja entregue no curto prazo, achamos que a empresa poderá distribuir dividendos robustos em breve”, discorre o banco.

Já a EQI Research coloca que a petroleira é uma ótima operadora e está entregando resultados consistentes nos últimos trimestres. “Acreditamos que a empresa é menos exposta aos fatores políticos brasileiros”.

Além disso, a casa de análise diz que mesmo com a recente depreciação e volatilidade do petróleo, existe uma restrição de oferta por causa das sanções aplicadas à Rússia pela guerra da Ucrânia e pela OPEP derrubando ainda mais a sua produção.

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Na semana, a Vale sofreu com a alta volatilidade, terminando o período em queda de 3%. Porém, analistas reiteraram o otimismo com a companhia.

Segundo a Ágora, a desvalorização dos papéis é injustificada, dada a visibilidade maior sobre a recuperação econômica chinesa após o fim das restrições e o feriado de Ano Novo Lunar, um ritmo de recuperação acima do esperado da produção de aço (excluindo a China) e oferta mais restrita.

“Continuamos, portanto, a ver um mercado apertado nos próximos meses, agravados pelos baixos estoques de minério de ferro principalmente entre as siderúrgicas chinesas), o que deve manter os preços da commodity em patamares elevados -mantemos, portanto, nossa estimativa de preço em US$ 130/tonelada para 2023”, discorre.

Para a corretora, a Vale deve se beneficiar diretamente desse ambiente positivo, com melhora da dinâmica dos lucros (mesmo considerando volumes mais fracos, em 57 milhões de toneladas no primeiro trimestre, devido às fortes chuvas) e perspectivas de remuneração dos acionistas — “esperamos US$ 10 bilhões em dividendos e recompras nos próximos 12 meses”.

Além disso, os analistas dizem que o valuation também parece atraente, ao redor de 3 vezes o múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional) para 2023, um amplo desconto de quase 30% para os pares australianos e para as 5,0x que consideraríamos justo.

Itaú na linha de frente

O Itaú continua figurando entre o melhor banco da bolsa, segundo o levantamento. O BB Investimento recorda que abril foi marcado por um predominante alívio para o setor bancário, que contou com a dissipação parcial do risco sistêmico percebido em março por conta da quebra dos bancos Silicon Valley e Signature, nos EUA, e do imbróglio com o Credit Suisse na Europa.

A corretora diz ainda que, dados os eventos corporativos de Americanas (AMER3) e Light (LIGT3), há evidências de que o mercado de capitais deva ter visto um primeiro trimestre morno, o que trará impacto nas receitas dessa linha nos principais bancos da cobertura do BB.

“Sendo assim, com perfil equilibrado de carteira, clientes menos suscetíveis – incluindo exposição relevante a grandes empresas – e diversificação de receitas, optamos por manter o Itaú na carteira fundamentalista de maio”, coloca.

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Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 28 instituições. Para maio, foram indicadas 85 ações, somando 277 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, BB Investimentos, Benndorf, BTG Pactual, CM Capital, Eleven, Empiricus Research, Empiricus Investimentos, EQI Research, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Inter, Itaú BBA, Levante, Mirae Asset, Modal Mais, MyCap, PagBank, Nova Futura, Órama, Planner, RB Investimentos, Safra, Santander, Terra Investimentos, XP e Warren.