Petrobras tem o risco de um “formigueiro” e a recompensa de um “Everest”
A Petrobras (PETR3; PETR4) é hoje em dia uma empresa “muito diferente” do que foi no passado e, agora, tem o risco que pode ser comparado ao tamanho da montanha de um “formigueiro”, mas com o retorno de um “Everest”.
É assim que os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, do UBS, escrevem sobre a empresa em um novo relatório obtido pelo Money Times nesta sexta-feira (26).
Eles citam 5 principais motivos para aplicar nas ações da empresa:
1 – A empresa opera com eficiência as participações majoritárias em dois dos maiores, mais lucrativos e menos intensivos campos de petróleo offshore do mundo, descobertos nos últimos anos.
2 – A governança melhorou substancialmente nos últimos 6 anos, protegendo a empresa do tipo de interferências que viu no passado.
3 – A dívida bruta caiu quase 60% desde o pico, para menos de US$ 60 bilhões.
4 – A Petrobras prometeu, de forma conservadora, 100% de dividend yield acumulado nos próximos 5 anos.
5 – Reconhecemos que existem riscos não materializados, no entanto, acreditamos que isso é mais do que precificado, com a empresa sendo negociada em mínimos históricos. Acreditamos que os riscos estão fortemente inclinados para o lado positivo.
Carvalho, Enfeldt e Vasconcellos veem o lado dos riscos da estatal como um “formigueiro”.
“Não importa o quão ruim um cenário seja desenhado a partir daqui, vemos apenas maneiras limitadas de que ele poderia ficar pior para as ações, já que estão sendo negociadas em baixas históricas”, explicam.
Nos cálculos do UBS, os papéis estão avaliados a 2,4 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda estimado para 2022. E isso com geração de caixa mais do que suficiente para financiar até mesmo o potencial custo (improvável) de novos megaprojetos.
“Se assumirmos um ponto justo, já descontado, de 3,5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda, a ação estaria cotando um petróleo Brent de US$ 65 e os preços do combustível para o ano 15% abaixo da referência internacional, algo que não acontecia desde 2012”, apontam.
O banco tem a recomendação de compra para as ações ordinárias e preferenciais. O preço-alvo para ambas é de R$ 44, elevado de R$ 31.