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Petrobras tem lucro líquido de R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre de 2018

27 fev 2019, 19:25 - atualizado em 27 fev 2019, 20:44
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Imagem: Divulgação)

A Petrobras (PETR3; PETR4), apresentou um lucro líquido de R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre de 2018, informou a estatal em um comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (27). Segundo a nota, este resultado refletiu a redução do petróleo (Brent) e das margens nas vendas de derivados e a ocorrência de itens especiais, que totalizaram R$ 6,3 bilhões, tais como acordo com ANP relacionado ao Parque das Baleias, impairment e perdas com contingências.

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Se excluídos os itens especiais, o lucro líquido seria R$ 8 bilhões. O mercado esperava, segundo um consenso contabilizado pelo Itaú BBA, Credit Suisse  e Bradesco BBI, um lucro líquido de R$ 7,963 bilhões.

Em 2018, o lucro líquido ficou em R$ 25,779 bilhões. Foi o primeiro numa sequência de prejuízos anuais desde 2014.

Em carta enviada ao mercado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, comentou o bom resultado da empresa. “A performance da Petrobras, em 2018, foi indiscutivelmente a melhor em muitos anos, o que inclui a obtenção de alguns recordes históricos, envolvendo fluxo de caixa livre e Ebitda ajustado, e a interrupção de quatro anos seguidos de prejuízos”, disse.

O Ebitda ajustado foi de R$ 29,2 bilhões no quarto trimestre de 2018 (+ 124%), enquanto o esperado era de R$ 27,073 bilhões.

No ano, o Ebitda ajustado atingiu R$ 114,852 bilhões, acréscimo de 50% na passagem anual, como resultado das maiores margens nas vendas de derivados no mercado doméstico e das exportações, acompanhando o aumento do Brent. A margem Ebitda ajustada aumentou significativamente, de 27% para 33%.

A receita de vendas totalizou R$ 92.720 no quarto trimestre, enquanto o esperado era de R$ 87,115 bilhões.

Em 2018, a receita de vendas ficou em R$ 349,836 bilhões, aumento de 23%, refletindo os maiores preços dos derivados no mercado interno, principalmente diesel e gasolina e das exportações, acompanhando o aumento de 31% da cotação do Brent e a depreciação de 14% do real. “Apesar do maior volume de vendas de diesel, houve queda no volume total das vendas de derivados no mercado interno em 3% e nas exportações em 10%, em função da menor produção de óleo”, explica a empresa.

Produção

A produção de óleo e gás alcançou 2,63 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed), sendo 2,53 Mboed no Brasil e 101 mil boed em outros países, 5% menor do que em 2017.

“Esse desempenho reflete desinvestimentos realizados e o declínio natural de campos maduros. Outro destaque é a entrada em operação de seis novos sistemas de produção (até fevereiro de 2019), sendo cinco no pré-sal – P-74, P-75 e P-76 no campo de Búzios e P-69 e P-67 no campo de Lula — e um em Tartaruga Verde, na Bacia de Campos”, destacou a empresa.

“A entrada das novas plataformas nos dá confiança sobre nossa meta de crescimento da produção, de 5% ao ano até 2023”, disse Castello Branco. Houve também retomada da atividade exploratória com a contratação de 11 novos blocos em 2018.

Perspectivas

Para 2019, a empresa projetas aumento da produção de petróleo e gás natural para 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 2,3 milhões de boed de petróleo no Brasil. Este crescimento será viabilizado pelo início das plataformas recém-instaladas e pela entrada em operação da P-77 e da P-68.

“Seguiremos com os desinvestimentos e a redução da alavancagem financeira, mantendo a disciplina de capital e otimizando a gestão de portfólio, da dívida e do caixa”, diz a administração.

Veja o resultado:

(Com Agência Brasil)

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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