Petrobras fecha em alta de 9,41% com recuperação do preço do petróleo
As ações da Petrobras (PETR4) fecharam com forte valorização, mostrando uma reação após a tombo expressivo da véspera.
Favoreceram o desempenho dos papéis a recuperação dos preços do barril do petróleo nos mercados internacionais.
Com isso, os papéis preferenciais avançaram 9,41% a R$ 17,56, após abrirem em alta de 15,7% a R$ 18,60, a maior desde fevereiro de 2016.
Já as ações ordinárias sobem 8,51% a R$ 18,36, chegando a ter uma alta de 16,73% antes de entrar em leilão. A PETR3 também teve a maior abertura desde fevereiro de 2016.
Os preços do petróleo também reagem nesta terça-feira, com o barril do tipo Brent, de Londres, somando 8,82%, ou US$ 3,00, a US$ 37,36. Já em Nova York, o WTI avança 8,45%, ou US$ 2,61, a US$ 33,74.
Além de promessas de estímulos dos governos de EUA e China para dissipar temores de recessão por causa do coronavírus – que impactam no otimismo presente na sessão de hoje, a declaração do ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, de que a Opep+ pode se reunir entre maio e junho para acertar maior coordenação nos mercados de petróleo trouxe ânimo aos investidores.
No entanto, a Arábia Saudita já pressionou os russos ao abordar que, sem intenção de acertar um acordo, não há sentido em realizar uma reunião em dois, três meses.
Sessão de segunda-feira
Ontem as PN fecharam em queda de 29,7%, o maior declínio percentual diário para um fechamento, a R$ 16,05, mínima desde junho de 2018. No caso da ON, a perda foi de 29,68%, a R$ 16,92. Tal desempenho representou uma perda de cerca de R$ 91 bilhões no valor de mercado da petrolífera de controle estatal.
O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou medidas emergenciais a serem tomadas pelo governo diante da forte queda do petróleo.
O petróleo Brent fechou em queda de 24,1%, a US$ 34,36 o barril, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, bem como cortado preços oficiais de venda de petróleo. Na mínima, o Brent caiu 30%, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991.
A guerra aberta pela Arábia Saudita no front da produção de petróleo contra a Rússia chegou em um momento no qual o mercado ainda se mostra fragilizado pela rápida disseminação da epidemia do novo coronavírus pelo mundo e promovendo fortes ajustes poucas semanas após renovarem máximas.