Petrobras será privatizada em manobra do governo, avalia UBS; Entenda
A privatização da Petrobras (PETR3; PETR4) deve acontecer sem uma “venda” direta das ações da estatal, mas em uma espécie de manobra do governo, avalia a equipe de análise do UBS em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (22).
Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam o documento, entendem que um possível formato para a privatização é a possibilidade de o governo diluir sua participação unificando as classes de ações (ON e PN).
“Nossos cálculos mostraram que, mesmo considerando um desconto de 30% da preferenciais para as ordinárias, o governo teria menos de 50% após a diluição das ações”, explicam. Outra via de venda dos papéis é a saída do BNDES, o que pode até representar uma pressão sobre as ações no curto prazo.
Mudança de rumo
Para o banco, que indica a compra das ações e um preço-alvo de R$ 33 para as PETR4, a privatização seria uma mudança de jogo para o caso de investimento na Petrobras.
O UBS cita cinco principais pontos:
1 – Garantia de uma política livre de preços;
2 – Venda mais rápida dos ativos não essenciais, já que não estariam mais sob a “Lei das Estatais”;
3 – Continuidade da administração, pois os CEOs não seriam mais substituídos por indicações do governo. Isso daria maior sustentação para planos de longo prazo;
4 – Maior disciplina na alocação de capital; e
5 – Menor estrutura de custos, o que impulsionaria uma reavaliação das ações no mercado.