Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e mais 9 ações que ganham com o dólar a R$ 5,40 – e outras 6 que perdem
As ações de Embraer (EMBR3), Klabin (KLBN11), Prio (PRIO3), JBS (JBSS3) e SLC Agrícola (SLCE3) têm teses interessantes para exposição à moeda real mais fraca e são as principais escolhas do BTG Pactual para surfar esse cenário.
Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4) e Petrobras (PETR3; PETR4) são outras opções interessantes, segundo os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi, Guilherme Guttilla e Bruno Lima.
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Esta a semana o dólar ficou acima dos R$ 5,40 pela primeira vez em 18 meses. O Ibovespa, na contramão, foi abaixo dos 120 mil pontos, pressionado por ruídos vindos de Brasília e pela perda de confiança dos investidores no arcabouço fiscal.
Os analistas do BTG afirmam que essas preocupações fiscais internas são, justamente, as responsáveis por manter o real sob pressão. No acumulado do ano, a moeda caiu 10,4% em relação ao dólar americano, apresentando um desempenho inferior ao de todos os pares de mercados emergentes.
“Apesar das contas externas — superávits comerciais recordes e um déficit da balança corrente facilmente financiado pelo IDE —, as preocupações fiscais, juntamente com as taxas de juro relativamente elevadas dos EUA a 10 anos, estão gerando uma pressão adicional sobre o real”, explicam.
Quem tem mais a ganhar com o real desvalorizado?
Sequeira, Carfi, Guttilla e Lima, do BTG, avaliam que a desvalorização do real é, geralmente, positiva para os exportadores brasileiros. Essas empresas têm grande parte das vendas em dólares americanos, enquanto os custos são em reais.
Nesse cenário, os analistas destacam Suzano (SUZB3) e Vale, que têm 100% das receitas na moeda estrangeira — contra 35% e 60%, respectivamente, dos custos. Klabin também é uma boa opção.
“Observamos, no entanto, que a decisão da Suzano de considerar uma oferta pela International Paper é o principal catalisador das ações no curto prazo”, alertam.
Além deles, os players de petróleo e gás se beneficiam do real mais fraco. A Petrobras e a Prio têm 80% e 100%, respectivamente, das vendas em dólares e 50% dos gastos. A fabricante de aeronaves Embraer, por sua vez, tem 93% das vendas na moeda americana e 83% dos custos.
Os nomes do agronegócio também a ganhar, pois a maioria dos produtos que vendem são cotados em dólares, mas produzidos localmente. “Aqui destacamos SLC (96% das vendas em dólares vs. 60% dos custos), enquanto São Martinho (SMTO3) e Jalles Machado (JALL3) têm 50% das vendas e 36% dos custos”, afirmam.
Os frigoríficos, como a JBS, têm uma grande parcela da receita na moeda estrangeira. Mas como as operações estão espalhadas por todo o mundo, parte dos custos também é dolarizado. “Ainda assim, os resultados financeiros denominados em reais são favorecidos à medida que os lucros em USD são convertidos”, ressaltam.
Empresas que sofrem com o dólar mais caro
Na contramão das empresas listas acima, Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) estão entre as mais afetadas pela desvalorização do real. A maior parte das vendas das companhias aéreas são na moeda brasileira — 80% —, enquanto os custos de caixa são em dólares — 50%.
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A M. Dias Branco (MDIA3) também deve sofrer, pois vende quase todos os seus produtos localmente, mas tem 60% dos gastos — principalmente trigo — na moeda americana.
Alguns varejistas de vestuário, como Renner (LREN3), C&A Brasil (CEAB3) e Soma (SOMA3), podem ter as margens prejudicadas.