Empresas

Petrobras (PETR4) vai reabrir poço em Roncador com potencial para 1,7 mi m³/dia de gás natural por

26 set 2024, 16:45 - atualizado em 26 set 2024, 16:45
PETROBRAS PETR4 (4)
(Foto: Reuters/Pilar Olivares)

A Petrobras (PETR4) quer reabrir em 2025 um poço no campo de Roncador, na Bacia de Campos, com potencial para produzir 1,7 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia, em meio a esforços da companhia para aumentar a oferta do insumo e contribuir com redução de preços, afirmou a presidente Magda Chambriard, nesta quinta-feira (26).

A iniciativa, segundo a executiva, faz parte de um amplo esforço da companhia que busca ampliar a oferta de gás natural nacional, atendendo a uma demanda do governo.

Segundo a executiva, nos últimos anos a companhia elevou progressivamente os volumes de reinjeção de gás natural em poços marítimos como forma de impulsionar a produção de petróleo e, com isso, a rentabilidade dos ativos que têm produção de gás associada.

  • VEJA MAIS: Evento gratuito com especialistas discute o futuro da economia global pós-eleições americanas; veja como se inscrever

“Quem é o campo de Roncador? É um campo de óleo, ninguém tem dúvida nenhuma, e esse campo tem um único poço fechado, que nós identificamos, que pode produzir sozinho 1,7 milhão de metros cúbicos por dia de gás”, disse Chambriard, a jornalistas, nos bastidores do congresso de óleo e gás ROG.e.

A título de comparação, o volume previsto colocaria hoje o poço de Roncador como o décimo segundo maior produtor de gás do país, segundo os dados mais recentes da ANP. E representaria pouco mais de 1% da produção total do país, de 151,3 milhões de metros cúbicos por dia, conforme dados de julho.

Para a presidente da Petrobras, o poço provavelmente entrará em operação no ano que vem. “Nós vamos buscar e garimpar poços de gás”, adicionou.

Questionada se a Petrobras poderá adotar subsídios para reduzir o preço do gás, Chambriard negou.

Segundo ela, o gás é uma commodity que segue parâmetros, mas que tem um componente regional “muito forte”, e a companhia vai buscar ganhar na escala, ampliando a oferta do insumo, o que poderá contribuir com redução das cotações.

“Quando a gente fala em gás, em baixar o preço de gás, a gente está falando também de uma questão que tem a ver com a lei da oferta e da procura. Mais gás, menor preço”, afirmou.



“O que eu penso no gás no curto prazo é botar mais gás, é nos esforçar para botar mais gás no menor prazo possível na costa”, afirmou.

Grande parte do consumo de gás natural do Brasil ocorre na geração termelétrica, mas o governo quer incentivar um aumento da demanda pelo insumo em outras frentes, principalmente em indústrias de setores como o de fertilizantes.

No mês passado, o governo formalizou o programa Gás para Empregar, que visa aumentar a oferta de gás e diminuir o preço ao consumidor final por meio de ações como a redução da reinjeção do insumo em novos poços de petróleo.

Nos próximos dez anos, a demanda projetada de gás natural para segmentos residencial, comercial e industrial aumentará 37,5%, disse o Ministério de Minas e Energia nesta quinta-feira, citando números de um estudo elaborado em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Já a oferta nacional projetada na malha integrada tem previsão de crescimento de quase 100% até 2034, enquanto a capacidade de importação cresce 20% no mesmo período, acrescentou a pasta.