Petrobras (PETR4) vai pedir para Ibama reconsiderar licença ambiental nesta semana
A Petrobras (PETR4) comunicou ao mercado nesta quarta-feira (24) que vai protocolar, ainda nesta semana, um pedido para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reconsidere a licença para perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá, na Foz do Rio Amazonas.
A estatal defende, em comunicado, que atendeu além dos requisitos previstos na legislação de referência ao processo de licitação do bloco FZA-M-059 e que cumpriu todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para o projeto.
A Petrobras ainda afirmou que a estrutura de resposta a emergência proposta pela companhia é a maior do país. Mas, ainda assim, se prontifica a atender demandas adicionais porventura remanescentes.
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O bloco FZA-M-59 foi adquirido na 11° Rodada de Licitações da ANP, realizada em maio de 2013, relembra a petroleira em nota.
O processo de outorga dos blocos ofertados foi subsidiado por pareceres do GT PEG- Grupo de Trabalho que contou com Ibama, ICMBIO e MMA, e “considerou que o bloco FZA-M-59 estava apto a ser ofertado e licenciado, o que leva a concluir que os desafios sinalizados eram todos tecnicamente superáveis”, afirma a Petrobras.
Potencial estratégico
Apesar de o plano exploratório ainda estar em fases de estudo, a Matriz Equatorial é estratégica para a Petrobras e pode dar uma grande vantagem competitiva para a companhia no setor petrolífero, que caminha para o movimento global de transição energética.
A aposta na área é tão grande que a companhia estima que quase metade (49%) de seu capex (investimentos) exploratório para 2023-27 será voltado para a Margem Equatorial. Dos 42 poços previstos dentro do período, 16 devem se situar na região.
Também em março, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) divulgou cálculos apontando que a exploração de petróleo na Margem Equatorial poderia levar a uma produção de aproximadamente 1,1 milhão de barris de óleo por dia (bpd) na curva de produção nacional a partir de 2029.
Os números consideram início de produção na região em 2026, com o pico atingindo 1,1 milhão de bpd entre 2029 e 2036, antes de começar a recuar.