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Petrobras (PETR4): UBS BB eleva preço-alvo e prevê rendimentos de dividendos mais robustos

25 nov 2024, 13:40 - atualizado em 25 nov 2024, 18:38
Sede da Petrobras 17/07/2023 REUTERS/Ricardo Moraes
Sede da Petrobras 17/07/2023 REUTERS/Ricardo Moraes

O UBS BB elevou a projeção de dividend yield da Petrobras (PETR4) em 2025, de 11% para 16%, destacando que no cenário mais otimista a linha pode atingir 20%, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (25). A projeção considera o Plano de Negócios 2025-2029, revelado na semana passada.

O banco também elevou de R$ 47 para R$ 51 o preço-alvo para as ações PETR3 e PETR4, levando em conta novos dados de capex, produção e câmbio. Para os ADRs (American Depositary Receipts), o preço-alvo foi mantido em US$ 18,10.

No Ibovespa (IBOV), PETR4 terminou a sessão em leve queda de 0,13%, a R$ 39,37, nesta segunda-feira (25). Já os papéis ordinários (PETR3) recuaram 0,97%, a R$ 42,82. O desempenho negativo foi puxado pela baixa de quase 3% do petróleo Brent.



Inicialmente, os analistas expressavam preocupação de que 2025 seria um ano de crescimento limitado na produção e dividendos reduzidos, com recuperação projetada apenas para 2026. No entanto, o plano estratégico revisou para baixo os investimentos previstos para 2025 e antecipou o aumento de volume que antes era esperado apenas para 2026.

“Somos ‘compra‘, com risco de queda para o curto prazo vindo principalmente de fusões e aquisições e preços do petróleo, enquanto o risco de alta pode vir se a empresa decidir distribuir mais de R$ 20 bilhões ao ano em dividendos extraordinários”, disse a instituição em relatório assinado por Matheus Enfeld e equipe.

Por que sólidos dividendos da Petrobras?

Analistas do UBS BB apontaram dois fatores como os principais para o elevado retorno aos acionistas em 2025:

  1. Redução do capex (investimentos em bens de capital). O relatório aponta US$ 15,8 bilhões para 2025, abaixo da projeção anterior de US$ 17,2 bilhões, o que libera fluxo de caixa para dividendos ordinários.
  2. Aumento do limite de dívida bruta para US$ 75 bilhões, contra o patamar anterior de US$ 65 bilhões, criando espaço para dividendos extraordinários, estimados entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões.

A análise também aponta um maior alinhamento entre a Petrobras e o governo federal, que conta com os dividendos da companhia para reforçar o equilíbrio fiscal. Com isso, espera-se que a estatal contribua com mais de R$ 30 bilhões anuais em dividendos para os cofres públicos, incluindo a fatia do BNDES.

Apesar das perspectivas positivas, o UBS BB alerta para os riscos associados a fusões e aquisições (M&A) e projetos fora do core business, como investimentos em áreas com retornos inferiores ao segmento de exploração e produção (E&P).

No entanto, o aumento do limite de endividamento reduz a possibilidade de que esses investimentos impactem significativamente a distribuição de dividendos.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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