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Petrobras (PETR4): Troca de ministro de Minas e Energia não traz “nada de novo”, segundo Ativa

11 maio 2022, 16:16 - atualizado em 11 maio 2022, 16:17
Bento Albuquerque
Bento Albuquerque foi exonerado do cargo de ministro de Minas e Energia nesta manhã (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Na manhã desta quarta-feira (11), o governo federal exonerou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e aponta Adolfo Sachsida como o novo nome da pasta.

A mudança no comando do ministério acontece pouco tempo depois de a Petrobras (PETR3;PETR4) ignorar os apelos de Jair Bolsonaro para não aumentar os preços de combustíveis, tema que se tornou importante politicamente para as eleições de outubro.

Bento Albuquerque, que exerceu o cargo por mais de três anos, será substituído por Sachsida, que mais recentemente atuou como assessor especial do ministro da EconomiaPaulo Guedes. Sachsida trabalhou no ministério durante todo o mandato de Bolsonaro.

Para os analistas da Ativa, a saída de Albuquerque é “mais um claro sinal quanto a insatisfação do governo em relação a forma como a política de preços da Petrobras vem sendo tocada”.

Na impossibilidade de se contestar o CEO, indicado recentemente, o Executivo acreditou ser prudente afastar seu Interlocutor como forma de demonstrar a sua insatisfação com o aumento no diesel promovido esta semana”, diz a corretora. “Em contrapartida, esta insatisfação já tinha ficado clara em outras oportunidades, como na própria saída de Castello Branco e Silva e Luna do cargo máximo da estatal. Ou seja: não temos nada de novo nesta decisão”, continua.

A Ativa ainda afirma que “o que se tira do afastamento de Albuquerque para a Petrobras é: independentemente da contentamento da União, a Petrobras desenvolveu ao longo dos últimos anos aspectos positivos em sua governança, que de certa maneira, a blindam de interesses que possam pesar contra a sua situação financeira”.

“À união é facultada a indicação de seu novo comandante, mas a troca da política de paridade aos preços médios de importação dos últimos doze meses, fundamental para a manutenção da saúde financeira da companhia, não pode ser alterada com tamanha celeridade”, diz.

A Ativa afirma que a exoneração de Albuquerque do governo é “mais um sinal de descontentamento e a Petrobras confirma que seus fundamentos atuais estão mais sólidos que outrora”.

A mudança foi sobretudo um gesto político de Bolsonaro, disse uma pessoa com conhecimento do assunto à agência de notícias Reuters.

Segundo a fonte, que não quis ser identificada, o presidente quer mostrar publicamente que está tentando fazer algo contra o aumento dos preços dos combustíveis.

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