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Petrobras (PETR4) tem prejuízo de R$ 17 bilhões no 4T24

26 fev 2025, 20:31 - atualizado em 26 fev 2025, 20:47
petrobras petr4
(Divulgação/ Petrobras)

A Petrobras (PETR4) disse nesta quarta-feira (26) que teve prejuízo líquido de R$ 17 bilhões no quarto trimestre, ante um lucro líquido de R$31 bilhões no mesmo período de 2023.

O resultado, segundo a empresa, reflete principalmente o impacto da desvalorização cambial — um evento de natureza exclusivamente contábil — e o aumento das provisões, sem efeito caixa, nas despesas operacionais, compensados parcialmente pela redução no IR/CSLL

Desconsiderando os eventos exclusivos, a Petrobras teria registrado o lucro de R$ 17,7 bilhões.

Ainda assim, número abaixo da projeção de R$ 20,9 bilhões feita por analistas, em consenso reunido pela Bloomberg.

Em 2024, o lucro líquido da companhia recuou 70,6%, para R$ 36,6 bilhões, principalmente “por eventos exclusivos, em maior parte sem efeito no caixa da companhia”.

No ano anterior, a companhia teve o segundo maior lucro líquido de sua história, de R$ 124,6 bilhões.

Apesar disso, a empresa registrou um fluxo de caixa operacional de R$ 204 bilhões (US$38 bilhões) ao longo do ano, pois os efeitos contábeis não impactam o caixa da companhia. O fluxo de caixa livre também foi positivo, somando R$ 124,1 bilhões no ano.

A dívida líquida da Petrobras fechou no trimestre US$ 52,2 bilhões, um aumento de 16,9% na base anual.

Ainda no quarto trimestre, a empresa registrou uma receita de vendas de R$ 121,2 bilhões, queda de 9,7%. O Ebitda caiu 38,7% na base anual, a R$ 40,9 bilhões.

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Dividendos

A Petrobras também anunciou que seu Conselho de Administração aprovou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), marcada para 16 de abril de 2025, da proposta de distribuição de dividendos no valor de R$ 9,1 bilhões.

Segundo a empresa, o valor corresponde a R$ 0,709 por ação ordinária e preferencial em circulação, mas que ocorrerá em duas parcelas. A primeira, no valor de R$ 0,355 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de maio de 2025. A segunda, no mesmo valor por ação, será paga em 20 de junho de 2025.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.