Petrobras (PETR4): Sem Prates, investidores se preparam para sangria; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
A Petrobras (PETR4) voltou para a boca do mercado após a confirmação de demissão do presidente Jean Paul Prates. A decisão foi informada ontem à noite, um dia depois da divulgação dos resultados da companhia no primeiro trimestre.
Em comunicado enviado ao mercado, a estatal informou que recebeu de seu presidente a solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada.
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“Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras”.
Prates já estava sendo fritado dentro do governo devido à cobrança por mais investimentos da estatal.
Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff, foi indicada para a posição de Prates.
O mercado já se prepara para um dia difícil. O EWZ, índice de ETFs dolarizado da bolsa, despenca 1,66% nesta manhã, enquanto os ADRs da Petrobras afundam mais de 8% antes da abertura do pregão.
Rafael Passos, da Ajax Investimentos, destaca que a notícia é ruim para os investidores e que não só a Petro, como outras estatais também devem sofrer.
“Não tem como. Você volta a ter aquela discussão com direcionamento estratégico, de Capex (investimentos), de dividendos, alocação de capital. Todos aqueles ruídos que tivemos agora ficam atona. Você tem uma sinalização péssima do governo”, disse ao Money Times.
Além disso, para o analista, o nome de Chambriard não é bom e está relacionado com a última gestão do PT, quando a estatal foi sacudida com escândalos de corrupção e má gestão da política de combustíveis. “Provavelmente veremos uma sequência bem fraca de Petrobras”, completa.
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O que esperar de Wall Street
Essa novidade da Petrobras deve roubar a cena do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), nos Estados Unidos. A expectativa é de alta de 0,4% em abril e uma ligeira desaceleração, de 3,5% e 3,4%, na base anual.
Já o núcleo, que exclui os preços mais voláteis de alimentos e energia, deve subir 0,3%, também desacelerando na taxa anualizada, de 3,8% para 3,6%.
Por mais que esse não seja o indicador de inflação preferido do Federal Reserve, ele ajuda os investidores a alinharem as suas projeções para os próximos passos da política monetária norte-americana.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam no positivo, com exceção do Nasdaq, que tem leve queda.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (15)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,08%
- Hong Kong/Hang Seng: Feriado
- China/Xangai: -0,82%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: +0,27%
- Frankfurt/DAX: +0,28%
- Paris/CAC 40: +0,40%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: -0,04%
- S&P 500: +0,04%
- Dow Jones: +0,06%
Commodities
- Petróleo/Brent: -0,18%, a US$ 82,23 o barril
- Petróleo/WTI: -0,14%, a US$ 77,92 o barril
- Minério de ferro: -1,55%, a US$ 118,82 a tonelada em Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +1,54%, a US$ 62.655
- Ethereum (ETH): +0,14%, a US$ 2.908
Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!
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