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Petrobras (PETR4) sem CEO: O guia de sobrevivência para lidar com a falta de um chefe (e com um novo líder)

06 abr 2022, 16:32 - atualizado em 06 abr 2022, 16:32
Petrobras sem presidência: entenda os impactos que isso pode gerar para os funcionários de uma empresa
Sem um líder em seu comando, a Petrobras exemplifica os impactos que essa ausência pode gerar nos funcionários de uma empresa (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Com todos os impasses envolvendo quem vai assumir a presidência da maior empresa do país, a Petrobras (PETR4), após a saída do general Joaquim Silva e Luna, os funcionário da companhia começam a se preocupar.

Essa indefinição sobre o novo ocupante do cargo gera algumas consequências para os colaboradores da organização que ficam sem uma liderança definida.

A função da liderança de qualquer companhia é dar sentido para a organização e para o trabalho das pessoas, como explica o CEO da Talenses Executive, empresa dedicada exclusivamente ao recrutamento de executivos para posições no Top Management (C-Level) e Conselho de organizações, João Márcio Souza.

Souza explica que a falta de uma liderança definitiva, no caso de empresas como a Petrobras, envolvem uma preocupação estratégica, e — para uma empresa que tem capital aberto ou misto — gera “insegurança e receios para os investidores, nacionais e internacionais”.

Para os colaboradores, a situação gera uma incerteza sobre a continuidade de uma cultura organizacional que é um dos reflexos de um líder.

A ausência de uma liderança desse porte é um risco para o negócio”, afirma o CEO. Ele acrescenta que, para um cargo como esse, são necessários “tempo e uma condição para construir um ciclo de prosperidade que dura, em média, de três a cinco anos”.

Para a Petrobras, esse prazo seria de três anos, visando as questões técnicas que regulam a organização. Além disso, a empresa é impactada, diretamente, pela política, o que dificulta sustentar alguns mandatos, pontua Souza.

Os impactos na linha de frente

Para os funcionários, o impacto não é sentido diretamente.

“Imediatamente a cultura não é impactada, e a médio prazo há um redirecionamento da empresa”, afirma o especialista.

Na verdade, o que existe, segundo ele, é uma consequência “na moral da tropa”.

Assim, os primeiros efeitos são sentidos pelos cargos logo abaixo do CEO, isto é, para os executivos C-Level (diretoria e vice-presidência, por exemplo), pois há uma grande incerteza para eles. 

“A mentalidade em relação ao novo CEO sempre deve ser a melhor possível, a empresa tem que dar um voto de confiança para o CEO dizer para que veio”, ressalta Souza.

Muito além da Petrobras: O guia de sobrevivência a um novo chefe

Trabalhando ou não na Petrobras, você, provavelmente, terá que lidar algum dia com a troca de um chefe.

Pensando nisso, o especialista consultado, João Márcio Souza, listou três dicas que servem como uma espécie de manual de sobrevivência para lidar com uma nova liderança.

  1. Não ter comportamentos reativos: agir com serenidade, tranquilidade e equilíbrio, entendendo que sim, vem uma nova liderança, isso é fundamental nesse momento de troca de chefia.
  2. Conexão: inaugurar uma agenda de conexão e relacionamento com o novo CEO. Ter uma conversa com ele ou ela, mostrar o seu planejamento para a sua área de atuação. Se apresentar, conectar e realinhar as entregas e expectativas também são importante.
  3. Não seja um “blocker”: se torne um parceiro de negócios do novo presidente. Entender a visão, o estilo, se alinhe, sendo um viabilizador do novo executivo. Seja um parceiro, não um “blocker”, ou seja, um bloqueador.

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