Petrobras (PETR4) sem CEO: O guia de sobrevivência para lidar com a falta de um chefe (e com um novo líder)
Com todos os impasses envolvendo quem vai assumir a presidência da maior empresa do país, a Petrobras (PETR4), após a saída do general Joaquim Silva e Luna, os funcionário da companhia começam a se preocupar.
Essa indefinição sobre o novo ocupante do cargo gera algumas consequências para os colaboradores da organização que ficam sem uma liderança definida.
A função da liderança de qualquer companhia é dar sentido para a organização e para o trabalho das pessoas, como explica o CEO da Talenses Executive, empresa dedicada exclusivamente ao recrutamento de executivos para posições no Top Management (C-Level) e Conselho de organizações, João Márcio Souza.
Souza explica que a falta de uma liderança definitiva, no caso de empresas como a Petrobras, envolvem uma preocupação estratégica, e — para uma empresa que tem capital aberto ou misto — gera “insegurança e receios para os investidores, nacionais e internacionais”.
Para os colaboradores, a situação gera uma incerteza sobre a continuidade de uma cultura organizacional que é um dos reflexos de um líder.
“A ausência de uma liderança desse porte é um risco para o negócio”, afirma o CEO. Ele acrescenta que, para um cargo como esse, são necessários “tempo e uma condição para construir um ciclo de prosperidade que dura, em média, de três a cinco anos”.
Para a Petrobras, esse prazo seria de três anos, visando as questões técnicas que regulam a organização. Além disso, a empresa é impactada, diretamente, pela política, o que dificulta sustentar alguns mandatos, pontua Souza.
Os impactos na linha de frente
Para os funcionários, o impacto não é sentido diretamente.
“Imediatamente a cultura não é impactada, e a médio prazo há um redirecionamento da empresa”, afirma o especialista.
Na verdade, o que existe, segundo ele, é uma consequência “na moral da tropa”.
Assim, os primeiros efeitos são sentidos pelos cargos logo abaixo do CEO, isto é, para os executivos C-Level (diretoria e vice-presidência, por exemplo), pois há uma grande incerteza para eles.
“A mentalidade em relação ao novo CEO sempre deve ser a melhor possível, a empresa tem que dar um voto de confiança para o CEO dizer para que veio”, ressalta Souza.
Muito além da Petrobras: O guia de sobrevivência a um novo chefe
Trabalhando ou não na Petrobras, você, provavelmente, terá que lidar algum dia com a troca de um chefe.
Pensando nisso, o especialista consultado, João Márcio Souza, listou três dicas que servem como uma espécie de manual de sobrevivência para lidar com uma nova liderança.
- Não ter comportamentos reativos: agir com serenidade, tranquilidade e equilíbrio, entendendo que sim, vem uma nova liderança, isso é fundamental nesse momento de troca de chefia.
- Conexão: inaugurar uma agenda de conexão e relacionamento com o novo CEO. Ter uma conversa com ele ou ela, mostrar o seu planejamento para a sua área de atuação. Se apresentar, conectar e realinhar as entregas e expectativas também são importante.
- Não seja um “blocker”: se torne um parceiro de negócios do novo presidente. Entender a visão, o estilo, se alinhe, sendo um viabilizador do novo executivo. Seja um parceiro, não um “blocker”, ou seja, um bloqueador.