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Petrobras (PETR4) se prepara para jogar gasolina na fogueira do etanol, à la Dilma reeditada

27 dez 2022, 10:32 - atualizado em 27 dez 2022, 11:37
Gasolina
Etanol vai escorregar na falta de competitividade se Petrobras congelar os preços da gasolina (Imagem: REUTERS/Marcelo Teixeira)

A grande chance de a Petrobras (PETR4) ter uma conta para represar – ou congelar – os aumentos dos derivados de petróleo já está jogando um balde de água fria na cadeia do etanol.

Seja de onde vai sair os recursos para entrar nessa espécie de fundo que está nos planos do potencial futuro presidente, Jean Paul Prates, ou se vai prejudicar a receita da estatal, é outra história.

A contenção dos preços da gasolina pelo aumento do petróleo ou pelo aumento dos preços da importação direta do derivado revive o governo Dilma Rousseff – que não teve um instrumento semelhante e levou prejuízo à Petrobras -, e tem potencial de queimar os preços do biocombustível hidratado, especialmente.

O praticamente congelamento de preços do fim do primeiro governo para os dois primeiros e últimos anos de seu segundo mandato derrubou o setor de biocombustível, que não conseguia acompanhar a competividade do combustível concorrente.

A proposta saída do grupo de transição, junto com planos de retomar a capacidade de refino da petroleira e barrar os desinvestimentos já iniciados, indica 90 dias para que esteja em vigor.

A efetivação vai depender de quanto tempo Prates vai levar para assumir a Petrobras. Pelo estatuto, o presidente só deixa a cadeira por decisão do Conselho de Administração ou por renúncia.

Caio Paes de Andrade, atual CEO, tem mandato até abril, mas deixou vazar que pretende renunciar antes.

Até que se defina, o etanol vai ter que aproveitar a volta do PIS/Confins e Cide sobre os combustíveis, a partir de janeiro, como definiu a Medida Provisória de junho, e que gerará maior impacto negativo sobre a gasolina.

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