Petrobras (PETR4): ‘Se eu quiser trocar hoje o presidente, não posso’, diz Bolsonaro sobre Silva e Luna
Em meio à críticas à Petrobras (PETR3; PETR4) após o aumento dos preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na noite de ontem (17), durante sua live semanal, que não pode simplesmente tirar Joaquim Silva e Luna da presidência da companhia.
“Se eu quiser trocar hoje o presidente da Petrobras, não posso. A Petrobras é praticamente independente”, afirmou.
Na semana passada, a estatal anunciou um aumento de 25% dos preços do diesel em suas refinarias e de 19% para a gasolina, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.
A medida foi criticada por conta do tamanho do aumento, que já estava “represado”, já que a estatal não anunciava reajustes para os combustíveis há dois meses.
Como a commodity tem operado no mercado de forma relativamente “imprevisível”, considerado o contexto de guerra, após ultrapassar o preço de US$ 130/barril, o petróleo começou a cair. No início da semana, chegou a ficar abaixo dos US$ 100.
Na ocasião, Bolsonaro declarou para seus apoiadores durante discurso no Palácio no Planalto que esperava que a estatal seguisse a redução do preço internacional do barril.
Na quarta-feira (16) ele também chegou a dizer, durante entrevista ao SBT, que não tem poderes sobre a empresa, que poderia ser “privatizada hoje”.
“A Petrobras se transformou na Petrobras Futebol Clube, onde o clubinho lá de dentro só pensa neles, jamais pensam no Brasil”, acrescentou.
Ainda que negue, a demissão do general Joaquim da Silva e Luna já teria uma data definida pelo presidente: 13 de abril, quando o novo conselho de administração da estatal será eleito. A informação é dos jornalistas Malu Gaspar e Lauro Jardim, do jornal O Globo.