Petrobras (PETR4): Dividendos extraordinários devem ficar pelo ‘caminho’ em 2025, vê Santander
O acordo tributário da Petrobras (PETR4) para por fim a uma disputa tributária gerou preocupação no mercado, receoso com o possível impacto nos dividendos da companhia.
Analistas do Santander apontam que o acordo saiu melhor do que o esperado, considerando que a Receita Federal cobrava da Petrobras R$ 44,79 bilhões relativos à incidência do IRRF (Imposto de Renda), da Cide (contribuição de intervenção), do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins sobre remessas ao exterior.
- 850 mil brasileiros já estão recebendo, todos os dias, as atualizações mais relevantes do mercado financeiro. Você é um deles? Se a resposta for não, ainda dá tempo de “correr atrás do prejuízo”. Clique aqui para começar a receber gratuitamente.
A petrolífera informou que o pagamento terá impacto de R$ 11,87 bilhões no lucro líquido do segundo trimestre de 2024.
Embora os analistas vejam um impacto limitado sobre o fluxo de caixa e dividendos, observam que os dividendos regulares para os próximos 12 meses implicam um rendimento (dividend yield) de 9%, atingindo um nível de dois dígitos (14%) apenas quando considerados os US$ 4,5 bilhões em dividendos extraordinários.
Além disso, desembolsos de caixa adicionais poderiam ocorrer como parte dos esforços de fusões e aquisições ou gestão de passivos devido a acréscimos de arrendamento, avaliam os analistas.
“Depois de pagar os restantes 4,5 bilhões de dólares em dividendos extraordinários, acreditamos que há espaço limitado para mais dividendos extraordinários em 2025 e esperamos que a Petrobras retome a sua política regular de dividendos”.
Para o Santander, isto deve se traduzir em rendimentos semelhantes aos dos pares norte-americanos europeus, o que, juntamente com a falta de catalisadores fundamentais, justifica a continuidade da classificação neutra para as ações da Petrobras.
Entenda o acordo da Petrobras
O programa permitirá o encerramento de discussões administrativas e judiciais relativas a CIDE, PIS e COFINS, referentes ao período de 2008 a 2013.
Dos R$ 19,80 bilhões, R$ 6,65 bilhões serão pagos com os depósitos judiciais já realizados nos processos e R$ 1,29 bilhão será pago com créditos de prejuízos fiscais de subsidiárias.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera relatórios de investimentos gratuitos com recomendações de ações, FIIs e BDRs