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Petrobras (PETR4): Safra eleva preço-alvo em R$ 14 e calcula dividendos; veja novo potencial

04 dez 2024, 17:16 - atualizado em 04 dez 2024, 17:16
Petrobras
(Imagem: dabldy/iStock)

A Petrobras (PETR4), um dos destaques de 2024, ganhou a preferência de mais um banco. O Safra elevou o preço-alvo de R$ 34 para R$ 48, potencial de alta de 22% em relação à publicação do relatório, enquanto a recomendação passou de neutra para compra.

Segundo os analistas, além do potencial de alta, os dividendos também serão generosos. O banco estima dividend yield de 14% para 2025, apoiado por uma geração robusta de fluxo de caixa, que pode render 22%.

“Dessa forma, vemos a Petrobras como uma forma de adicionar diversificação a um portfólio de exploração e produção, sem mencionar seu carry (carrego) atrativo em um ambiente de taxas locais mais altas e menor volatilidade potencial de produção/geração de caixa em relação aos produtores independentes”, coloca.

Nos cálculos dos analistas Conrado Vegner e Vinícius Andrade, a companhia negocia a 3 vezes o EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional), desconto de 33% em relação aos seus concorrentes.

A dupla lembra ainda que nos três anos anteriores à primeira mudança na gestão devido à insatisfação política com os preços dos combustíveis (fevereiro de 2021), o desconto médio foi de cerca de 9%.

Dividendos da Petrobras

Grande chamariz da companhia, segundo o Safra, há confiança crescente de que o caixa deve continuar a fluir para os acionistas por meio de dividendos.

Em seu plano de negócios, a Petrobras projeta dividendos ordinários começam em US$ 45 bilhões e flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do Plano.

Apesar disso, o Safra não descarta riscos usuais para a tese de investimento, incluindo novos e maiores investimentos potenciais em segmentos importantes para o governo, que controla a empresa.

Mesmo assim, na visão do banco alguns controles que foram colocados em prática para garantir padrões de governança mais altos estão funcionando, enquanto a equipe de gestão continua comprometida em concentrar a maioria dos recursos e esforços em atividades de exploração e petróleo de maior retorno.

“Estamos felizes que os controles relativos aos projetos tenham permanecido em vigor e vemos a nova cultura corporativa. Isso é evidenciado, por exemplo, pelo fato de que não houve nenhuma tentativa de mudar ou suavizar a estrutura de governança para o capex (investimentos), apesar das mudanças em gerenciamento”, afirma.

O plano prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões. Trata-se de uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior. Mesmo assim, o número ficou dentro da estimativa do mercado.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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