Petrobras (PETR4): Safra eleva preço-alvo em R$ 14 e calcula dividendos; veja novo potencial
A Petrobras (PETR4), um dos destaques de 2024, ganhou a preferência de mais um banco. O Safra elevou o preço-alvo de R$ 34 para R$ 48, potencial de alta de 22% em relação à publicação do relatório, enquanto a recomendação passou de neutra para compra.
Segundo os analistas, além do potencial de alta, os dividendos também serão generosos. O banco estima dividend yield de 14% para 2025, apoiado por uma geração robusta de fluxo de caixa, que pode render 22%.
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“Dessa forma, vemos a Petrobras como uma forma de adicionar diversificação a um portfólio de exploração e produção, sem mencionar seu carry (carrego) atrativo em um ambiente de taxas locais mais altas e menor volatilidade potencial de produção/geração de caixa em relação aos produtores independentes”, coloca.
Nos cálculos dos analistas Conrado Vegner e Vinícius Andrade, a companhia negocia a 3 vezes o EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional), desconto de 33% em relação aos seus concorrentes.
A dupla lembra ainda que nos três anos anteriores à primeira mudança na gestão devido à insatisfação política com os preços dos combustíveis (fevereiro de 2021), o desconto médio foi de cerca de 9%.
Dividendos da Petrobras
Grande chamariz da companhia, segundo o Safra, há confiança crescente de que o caixa deve continuar a fluir para os acionistas por meio de dividendos.
Em seu plano de negócios, a Petrobras projeta dividendos ordinários começam em US$ 45 bilhões e flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do Plano.
Apesar disso, o Safra não descarta riscos usuais para a tese de investimento, incluindo novos e maiores investimentos potenciais em segmentos importantes para o governo, que controla a empresa.
Mesmo assim, na visão do banco alguns controles que foram colocados em prática para garantir padrões de governança mais altos estão funcionando, enquanto a equipe de gestão continua comprometida em concentrar a maioria dos recursos e esforços em atividades de exploração e petróleo de maior retorno.
“Estamos felizes que os controles relativos aos projetos tenham permanecido em vigor e vemos a nova cultura corporativa. Isso é evidenciado, por exemplo, pelo fato de que não houve nenhuma tentativa de mudar ou suavizar a estrutura de governança para o capex (investimentos), apesar das mudanças em gerenciamento”, afirma.
O plano prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões. Trata-se de uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior. Mesmo assim, o número ficou dentro da estimativa do mercado.