Petrobras (PETR4) rouba a cena – de novo – e é a queridinha entre 15 analistas para embolsar dividendos em junho

As ações da Petrobras (PETR4) foram eleitas as preferidas dos analistas para buscar dividendos em junho. A estatal apareceu em 93% das carteiras recomendadas de bancos, corretoras e casas de análise coletadas pelo Money Times, obtendo 14 indicações para este mês.
O BTG Pactual não previa totalmente os riscos de queda nos preços do petróleo em relação à retórica do “Dia da Libertação” de Donald Trump, o que contribuiu para o desempenho inferior da petroleira em relação ao mercado. Ainda assim, a tese continua “atrativa”.
“A combinação de ativos de base sólidos, competitividade em custos de extração e um rendimento de dividendos razoável ainda oferece valor dentro do setor na América Latina”, afirmam.
Os analistas Bruno Henriques, Luis Mollo e Marcel Zambello estimam um dividend yield de 12% para a companhia em 2025 e de 14% em 2026.
O Santander, por sua vez, espera que o momento operacional da Petrobras continue melhorando nos próximos meses, impulsionado principalmente pelas melhorias na produção mensal. “Estimamos um crescimento de 8% ao ano na produção doméstica de petróleo, para 2,3 milhões de barris por dia em 2025”.
Os analistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa preveem spreads “sólidos” de refino, sustentando as margens da estatal este ano. Isso deve se traduzir em um Ebitda ajustado de US$ 40,4 bilhões e um fluxo de caixa livre disponível para os acionistas (FCFE) de US$ 5,5 bilhões.
Eles destacam ainda que a política de dividendos da companhia é compatível com os pares globais.
Itaú: O melhor entre os ‘bancões’
Na sequência, no ranking de dividendos para junho, aparecem os papéis de Itaú Unibanco (ITUB4), com oito indicações.
A Empiricus Research enxerga a companhia como a melhor entre os “bancões”, com resultados e balanço sólidos para atravessar uma eventual crise.
A alta da Selic afastou a competição nociva das fintechs e a piora macro desde 2022 tem impactado os resultados de Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), cujas carteiras de crédito estão mais vulneráveis a uma piora econômica, diz o analista Ruy Hungria.
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A instituição ainda destaca que o banco paga proventos mensalmente aos acionistas e faz distribuições complementares, quando oportuno.
“O Itaú negocia com um bom desconto para a sua média histórica, tanto em termos de preço/lucros, como também em termos de preço/valor patrimonial, o que para nós significa um bom ponto de entrada” afirma.
As ações para buscar dividendos em junho
Além de Petrobras e Itaú, Copel (CPLE6) e CPFL (CPFE3) foram destaques e apareceram em sete carteiras recomendadas para este mês.
Banco do Brasil (BBAS3) e Vale (VALE3) receberam seis indicações cada e Caixa Seguridade (CXSE3) e Vivo (VIVT3) marcam presença em cinco portfólios.
Ação | Ticker | Indicações |
---|---|---|
Petrobras | PETR4 | 14 |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 8 |
Copel | CPLE6 | 7 |
CPFL | CPFE3 | 7 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 6 |
Vale | VALE3 | 6 |
Vivo | VIVT3 | 5 |
Caixa Seguridade | CXSE3 | 5 |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 15 instituições. Para junho, foram indicadas 42 ações, somando 124 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, AndBank, BB Investimentos, BTG Pactual, Daycoval, Empiricus Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, Nova Futura, Planner, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.