Petrobras (PETR4): Repasse da alta do petróleo é questão de tempo, diz XP
A XP Investimentos disse nesta sexta-feira (25) que o repasse para combustíveis – gasolina e diesel – da escalada internacional no preço do Petróleo tipo Brent é apenas uma questão de tempo.
Na quinta, o Brent tocou a marca de US$ 105 o barril, embora nesta sexta esteja em baixa de 4,6%, em meio ao início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Ainda vemos o estatuto social da Petrobras protegendo a empresa de subsidiar combustíveis como no passado”, disse a XP em relatório assinado por Jennie Li, Fernando Ferreira, Sol Azcune e Rebecca Nossig.
Os analistas lembram que a estatal não está aumentando imediatamente os preços dos derivados, praticando preços de paridade de importação com “muita defasagem temporal”.
A estratégia não está afetando o Ebitda da Petrobras graças aos estoques formados com custos mais baixos, disse a XP. No ano passado, a linha ajustada da empresa chegou a R$ 243,5 bilhões, aumento anual de 70%.
Em 2021, o preço médio do petróleo Brent ficou em US$ 70,73.
Petrobras ainda não definiu novos preços
Na quinta, a Petrobras mostrou que ainda não é taxativa sobre uma eventual alta do preços dos combustíveis por causa da guerra entre a Rússia e Ucrânia.
“A gente enxerga impacto muito forte na volatilidade dos preços do mercado, mas esses preços ainda não se estabilizaram”, disse o diretor-executivo de comercialização e logística da empresa, Cláudio Mastella, em coletiva de imprensa.
“Grande parte dos atores está observado e tentando avaliar a estabilização”, comentou.
Para o executivo da Petrobras, até o momento a crise está restrita a região da guerra. No entanto, ele disse que a estatal segue monitorando a evolução do conflito.
A última vez que Petrobras aumentou o preço da gasolina foi em 12 de janeiro. Na ocasião preço médio de venda da gasolina da estatal para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro.
O reajuste para cima dos preços tende a afetar negativamente o consumidor, enquanto que pode implicar em mais caixa para a Petrobras – e consequentemente mais dividendos para os seus acionistas, incluindo o governo.
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