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E agora, Petrobras (PETR4)? Veja o que esperar da empresa após relatório de produção e venda

27 jul 2023, 10:01 - atualizado em 27 jul 2023, 10:15
Petrobras (Kaype Abreu/Money Times)
Investidores devem ainda ficar atentos ao anúncio de distribuição de proventos. (Kaype Abreu/Money Times)

Com os números do relatório de produção e vendas do 2T23 da Petrobras (PETR4) em linha com a expectativa do mercado, de modo geral, analistas divulgam as últimas estimativas para o balanço do período da estatal.

A companhia teve ligeiro decréscimo na produção de petróleo, com menores preços do barril e impacto do real mais forte. As ADRs recuavam 0,97% no pré-mercado de Nova York, na contramão do preço do petróleo tipo Brent, que subia 1,7%.

A XP Investimentos fala em um balanço, que será divulgado na quinta-feira (3), com outro trimestre sólido – embora um pouco pior do que os três primeiros meses do ano, pondera, devido a variáveis macro mais fracas e menores volumes de vendas.

“Ao todo, estimamos um Ebitda Ajustado de US$ 11,7 bilhões (-16% T/T). Nossa estimativa de dividendos a serem declarados é de US$ 2,5 bilhões (~R$ 0,90/ação ou ~3% yield sobre PETR4), com riscos de alta para esse número devido aos atuais baixos níveis de alavancagem da Petrobras”, disse em relatório assinado por Andre Vidal e Helena Kelm.

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Dividendos da Petrobras

Para a Ativa Investimentos, os investidores devem ainda ficar atentos ao anúncio de distribuição de proventos, uma vez que estes já devem respeitar a nova política a ser anunciada pela empresa.

“Vemos o mercado convergindo para uma expectativa de manutenção da distribuição com referência à geração de caixa e com Petrobras diminuindo apenas o percentual distribuído de 60% da diferença entre sua geração operacional e investimentos para 40%“, disse o analista da corretora Ilan Arbetman.

Confirmada a dinâmica, a companhia pagaria cerca de R$ 0,96 por ação, o equivalente a um rendimento de dividendo de 3,1%, de acordo com a corretora.

“Apesar da expectativa pela manutenção de um dividendo forte, reforçamos nossa preferência atual por players de O&G que disponham de menor risco político que a empresa”, afirmou em relatório desta quinta.

Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, do BTG Pactual, comentaram que se tornaram menos pessimistas com a Petrobras nos últimos meses, mas disseram que as vantagens potenciais não parecem mais tão claras. “Recomendamos que os investidores esperem até que haja mais clareza sobre a alocação de capital da empresa”.

Eles lembram que o preço do petróleo subiu 15% no último mês.

Segundo os analistas, ao mesmo tempo em que alguns argumentam que isso pode causar ruído significativo sobre as políticas de preços de combustíveis, o Brent mais alto abriria caminho para dividendos extraordinários até o final do ano.

O que foi destaque no relatório

A Ativa destacou que no segmento de Exploração & Produção a produção média de óleo e LGN alcançou 2,102 MMbpd e ficou em linha com a expectativa de 2,1 MMbpd. “Destacamos ainda a evolução da participação proporcional do pré-sal no mix da companhia em 81,3% (vs 79,5% no 4T22)”.

No refino, as vendas aumentaram levemente na comparação trimestral em função sobretudo da maior demanda por gasolina. No entanto, a maior evolução da produção e o aumento das importações apontam que houve formação de estoques e podem afetar a margem do setor, pondera.

O fator de utilização das refinarias atingiu 93%. Em Gás & Energia, houve estabilidade na geração elétrica e os menores volumes de gás natural oriundos da Bolívia foram compensados pela maior regaseificação. “Esperamos uma recepção neutra dos números apresentados”, afirmaram os analistas.