Petrobras (PETR4) recorrerá de decisão do Ibama contra exploração na Foz do Amazonas
A Petrobras (PETR4) vai recorrer de decisão do Ibama que negou seu pedido de licença para perfurar bloco na Bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá, e entende que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento ambiental, afirmou a petroleira em comunicado nesta quinta-feira.
A empresa, que disse que ainda não foi notificada oficialmente pelo Ibama sobre a decisão, pontuou também que estava com recursos mobilizados no Amapá e no Pará para a realização de um grande simulado de resposta à emergência “estritamente em atendimento a decisões e aprovações do Ibama”.
“O desenvolvimento deste bloco é um compromisso assumido pela Petrobras perante a ANP (órgão regulador do setor de petróleo), que incorrerá em multa contratual se não for realizado”, disse a Petrobras, no comunicado.
A Bacia da Foz do Rio Amazonas é parte da Margem Equatorial brasileira, uma ampla área do litoral que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá e inclui ainda as bacias Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, cada região com características distintas.
Toda a região é vista como uma nova fronteira exploratória de petróleo, com grande potencial para descobertas de petróleo, mas com enormes desafios socioambientais.
“A companhia segue comprometida com o desenvolvimento da Margem Equatorial brasileira, reconhecendo a importância de novas fronteiras para assegurar a segurança energética do país e os recursos necessários para a transição energética justa e sustentável”, disse a Petrobras.
“Para suprir a demanda futura do Brasil por petróleo, o país terá de procurar novas fontes, além do pré-sal.”
Para avançar na busca por novas descobertas, a Petrobras disse que está empenhando esforços também para obter licença de perfuração na Bacia Potiguar, conforme planejamento previsto no seu Plano Estratégico 2023-27, assim como a execução dos projetos de exploração previstos no Brasil e no exterior.
A partir desta decisão, a sonda e os demais recursos mobilizados na região do Bloco da Foz do Amazonas serão direcionados nos próximos dias para atividades da companhia nas Bacias da região Sudeste, disse a empresa.
A Petrobras reiterou ainda que a perfuração de poço negada pelo Ibama seria realizada a uma distância de 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio Amazonas.