Comprar ou vender?

Por que a Petrobras (PETR4), que cai 10% desde o balanço, segue como ‘compra’, segundo o BTG

10 mar 2025, 13:46 - atualizado em 10 mar 2025, 13:46
petrobras petr4
(Imagem: Kaype Abreu / Money Times)

O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 58. A avaliação é feita em um momento em que os papéis da estatal acumulam baixa de cerca de 10% desde a divulgação do balanço do quarto trimestre.



No mês passado, a Petrobras surpreendeu o mercado ao reportar investimentos de US$ 16,6 bilhões em 2024, cerca de US$ 2,1 bilhões acima da previsão da empresa para o ano, elevando o ceticismo do mercado, segundo parte dos analistas.

Para a equipe do BTG, as preocupações do mercado provavelmente desaparecerão quando for confirmado que esse aumento de investimentos foi algo não recorrente.

O banco disse que ainda vê um nível decente de retorno total para o acionista, o que mais do que compensaria os riscos da tese de investimentos, de acordo com relatório assinado por assinado por Luiz Carvalho e equipe.

Eles frisaram que o aumento do capex agora foi totalmente direcionado para o principal negócio da Petrobras, especificamente seu campo mais lucrativo, e que nenhum novo projeto em refino ou outras áreas não essenciais foi anunciado.

Além disso, ressaltaram os analistas, os principais mecanismos de defesa da governança corporativa permanecem em vigor.

“Embora acelerar os gastos provavelmente fosse desnecessário para alinhar melhor os interesses dos contratados, achamos que o capital não está sendo mal alocado”, disseram.

Os analistas também afirmaram que permanecem confortáveis com a tese de investimento em Petrobras porque, mesmo sob hipóteses conservadoras, os pagamentos de dividendos permanecem altos.

“Ainda vemos a empresa distribuindo US$ 11 bilhões em dividendos, ou US$ 10 bilhões excluindo payouts especiais, implicando yields de 14% e 12%, respectivamente”, afirmaram.

Para 2026, os analistas veem o yield aumentando para 16% — ou 14% excluindo pagamentos extraordinários.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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