Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): Produção de petróleo sinaliza mais um caminhão de dividendos

22 jul 2022, 13:14 - atualizado em 22 jul 2022, 18:51
Petrobras
A Petrobras divulgou relatório de produção dentro da expectativa; apesar disso, mais um caminhão de dividendos pode chega

A Petrobras (PETR4) divulgou seu relatório de produção de petróleo e gás dentro do esperado pelo mercado.

As ações preferenciais fecharam alta de 1,07%, a R$ 29,33.

Ao todo, a companhia produziu 2,6 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e gás no segundo trimestre de 2022, queda de 5% ante o mesmo período, puxado pelas paradas das plataformas.

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Apesar do recuo, os analistas afirmam que a alta de preços deve compensar a produção menor. Ou seja, a Petrobras divulgará mais um resultado forte, com geração de caixa e gordos dividendos.

Na visão da Ativa Investimentos, a Petrobras reportou bons números, com destaque para a a evolução da participação proporcional do pré-sal no mix da companhia.

A oferta de refino, vendas e produção aumentaram em função de maior demanda.

Ainda segundo o analista Ilan Arbetman, o fator de utilização das refinarias segue elevado e atingiu 87% ante os 85% no primeiro trimestre. Em gás & energia, a melhora hidrológica resultou em menor demanda por geração elétrica.

“Como prevíamos, houve redução dos volumes oriundos da Bolívia e queda na regaseificação de GNL, o que deve impactar os resultados do setor em função da maior necessidade de importação”, coloca.

Ele ainda afirma que, de uma maneira geral, apesar dos maiores desafios em G&E, há uma boa recepção dos números em função da robustez apresentada em exploração & produção e RTC.

Refino da Petrobras é destaque

Segundo o Itaú BBA, o relatório de produção foi positivo, mas dentro do esperado.

Porém, o mercado pode ver com bons olhos a alta taxa de utilização das refinarias no trimestre (chegando a 97% ao final de junho), que , combinado com fortes margens de refino, provavelmente impulsionará os resultados.

A XP Investimentos também destaca esse aspecto e diz que as refinarias continuaram aumentando as taxas de utilização, enquanto a participação das importações mostrou tendência divergente para diesel e gasolina.

“Com relação aos resultados financeiros, esperamos mais um trimestre sólido de geração de caixa e projetamos um Ebitda de US$ 16 bilhões (7% acima do consenso de mercado)”, completa.

Dividendos gordos

O BTG Pactual calcula que a empresa deverá divulgar um dividend yield de até 11% com base em no último preço de fechamento e excluindo qualquer valor adicional decorrente de vendas não recorrentes de ativos, em valores que podem chegar a R$ 38 milhões.

Para o Bradesco BBI, levando em consideração as tendências operacionais reportadas, a estatal poderia reportar um Ebitda de aproximadamente R$ 85 bilhões no primeiro trimestre, “o que representa uma melhoria sólida em relação aos R$ 78 bilhões reportados no trimestre passado”.

“Além disso, esperamos outro trimestre sólido em termos geração de caixa, com muitos dividendos distribuídos (US$ 8,5 bilhões – 11 bilhões)”, completa.

A Ativa recorda ainda que os investidores devem ficar atentos se a companhia anunciará nova distribuição de proventos e qual será a mensagem inicial trazida na primeira apresentação de resultados de Caio Paes de Andrade.

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Comprar Petrobras?

Os analistas continuam confiantes de que a Petrobras reportará mais um trimestre forte, impulsionado por um aumento nos preços médios do Brent, mas compensado apenas parcialmente por um real mais forte.

“A margem Ebitda de exploração e petróleo deve permanecer sólida (71%), enquanto esperamos margens saudáveis, apesar de não seguir estritamente a paridade de preços internacionais (já que a companhia esgota seus estoques antigos com custos mais baixos)”, lembra a XP.

Na opinião da Ativa, ainda que os prognósticos apontem para resultados mais fracos em gás & energia, a impressão é que o relatório de vendas e produção, novamente, abre caminho para a empresa divulgar bons números.

A recomendação é de compra e preço-alvo de R$ 41.

Já o BTG Pactual mantém a neutralidade dos papéis.

“Lembrando que num horizonte mais longo, há poucas razões para acreditar que a tão esperada reclassificação acontecerá considerando que a alocação de capital e os dividendos da empresa podem mudar significativamente”, coloca.

Segundo o consenso da Reuters, de 11 analistas, oito recomenda compra, três neutralidade e nenhum possui indicação de venda. O preço-alvo médio é de R$ 39.

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