Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) ou 3R Petroleum (RRRP3)? A melhor ação para aproveitar a pernada do petróleo

O petróleo surfa uma maré positiva no segundo semestre de 2023 e, inclusive, atingiu a máxima do ano nesta quinta-feira (14). O salto vem com as expectativas de oferta mais restrita, que superaram as preocupações com o crescimento econômico fraco e o aumento dos estoques dos Estados Unidos.

A commodity do tipo Brent subia 1,78%, a US$ 93,52, por volta das 13h30. A maior cotação da sessão, de US$ 93,68, foi a maior desde novembro de 2022. Já o WTI avançava 1,75%, para US$ 90,07, e também atingiu uma máxima de 10 meses, de US$ 90,26.

Quem aproveita esse salto são as ações das empresas ligadas ao petróleo. No pregão de hoje, às 14h, o setor subia 1,93% e as ações valorizavam:

• Cosan (CSAN3): +2,74%;
• Petrobras: PETR3 +2,39% e PETR4 +2,12%;
• Prio (PRIO3): +1,41%;
• Ultrapar (UGPA3): +1,26%; e
• 3R Petroleum (RRRP3): +0,84%.

Para o analista chefe da Empiricus Research, João Piccioni, trata-se de um bom momento para investir ações do setor.

Petrobras, Prio ou 3R Petroleum?

Na análise de Piccioni, todas as oil majors “se beneficiam bastante” da pernada do petróleo. “Elas vão aproveitar esse momento para devolver capital aos acionistas via dividendos, recompra, pagamento de dívida e desalavacagem”, diz.

As companhias do setor estão se recuperando de um primeiro semestre mais difícil e voltando para o campo positivo, avalia. “Boas oportunidades para investir nos próximos seis meses”, reitera.

A casa tem preferência por Prio e Petrobras. Em relação à 3R Petroleum, Piccioni diz que o papel “ficou mais para trás”, mas ainda é o mais barato do setor.

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Já fora do Brasil, o analista destaca a Marathon Oil (M1RO34) e a BP (B1PP34), que também estão retornando capital. Além disso, ele recomenda o ETF iShares US Energy (IYE; BIYE39) para aproveitar a pernanda da commodity.

A disparada do petróleo

De acordo com o analista chefe da Empiricus Research, “tudo indica que o petróleo deve seguir em tendência de alta até o final do ano”. Dados da Opep e do departamento americano de energia evidenciam um déficit na produção.

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Depois dos cortes da Arábia Saudita e da Rússia, o consumo de estoques deve continuar pressionando os preços. “Pela ótica da pressão de preços pela oferta, provavelmente, o preço deve continuar na tocada de alta”, diz Piccioni.

O analista ainda destaca que há riscos de mais cortes na produção, surfa uma maré positiva no segundo semestre de 2023. Isso, de acordo com ele, dá munição para os árabes aumentarem a expansão de seus projetos, além de diversificarem o portfólio.

O analista da Nova Futura, Alan Martins, ressalta que o petróleo entrou em tendência de alta ao romper a região dos US$ 87,80. Essa bandeira era o que a commodity precisava para buscar os US$ 99,50 e até os US$ 100 nos próximos dias.

*Com informações da Reuters