Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e Petroreconcavo (RECV3): Por que as petrolíferas caem nesta segunda-feira (4)?

As ações de petroleiras operam em queda nesta segunda-feira (4), acompanhando o recuo do petróleo no mercado internacional.
Os papéis do setor como Prio (PRIO3), Petroreconcavo (RECV3), Brava Energia (BRAV3) e Petrobras (PETR4) recuavam 1,37%, 1,27%, 0,93% e 0,31%, respectivamente.
O preço da commodity fechou o dia em queda refletindo a decisão da Opep+ de aumentar a produção a partir de setembro, em um movimento que reacende os receios de excesso de oferta no curto prazo.
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Os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, recuavam 1,30%%, a US$ 68,76 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o contrato do WTI, referência no mercado dos Estados Unidos, para setembro tinha queda de 1,54%, a US$ 66,29 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex).
A Opep+ anunciou no domingo (3) que elevará sua produção em 547 mil barris por dia (bpd) em setembro. A decisão marca uma antecipação da reversão dos maiores cortes de produção já realizados pelo grupo e inclui ainda um aumento adicional da produção dos Emirados Árabes Unidos, somando cerca de 2,5 milhões de bpd ao mercado — volume equivalente a aproximadamente 2,4% da demanda mundial.
A queda poderia até ser maior se não fosse por uma outra notícia que deixou o setor de petróleo animado. A BP, petroleira britânica, anunciou nesta segunda que fez sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos na bacia de Santos, no Brasil, dentro da área do pré-sal, localizada em águas profundas e considerada um grande reservatório de petróleo e gás.
A descoberta abrange mais de 300 quilômetros quadrados e está loclaizada a 2.372 metros de profundidade offshore. A BP detém 100% do bloco, garantido em termos favoráveis em 2022, com a Pré-Sal Petróleo S.A.
Para os analistas Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, a descoberta abre uma nova frente para a BP no Brasil e demonstra que ainda há potencial inexplorado na Bacia de Santos.
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Outra notícia considerada boa pelos analistas, mas que não entrou na conta, foram os dados de preliminares de produção referentes ao mês de julho que agradaram ao mostrar uma renovação do recorde da companhia.
A companhia reportou uma média diária de 90,9 mil barris de óleo equivalente (boe) no período, ante 87,2 mil boe/d reportados em junho. O resultado, segundo o relatório divulgado ao mercado, reflete principalmente a evolução do segmento offshore (extração no mar).
No entanto, isso não foi o suficiente para dar força para a ação que seguiu no negativo junto com os seus pares.