Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): Por que o mercado não gostou da nova redução de preço da gasolina

15 jun 2023, 18:45 - atualizado em 15 jun 2023, 18:45
Petrobras, dividendos
Reajuste anunciado hoje é o segundo desde que a nova estratégia comercial foi anunciada. (Imagem: Bloomberg)

A ação da Petrobras (PETR4) fechou nesta quinta-feira (15) em queda de 2,36%, a R$ 29,39, depois de a estatal anunciar uma nova redução do preço da gasolina.

A reação do mercado se dá na véspera do pagamento dos dividendos, com parte dos analistas apontando outras ações do setor petroleiro que embutem menor risco no momento, enquanto outros analistas seguem destacando o desconto dos papéis da estatal.

A XP Investimentos fala em anúncio “marginalmente negativo” e espera margem Ebitda ligeiramente menor, com a política de preços mais longe do PPI. A corretora segue com recomendação de compra para a estatal.

“Com a nova política de preços em vigor, a Petrobras deverá atingir taxas de utilização de refinaria mais altas e faixas de preços que flutuam entre o EPP e o PPI”, pontuou em relatório assinado por André Vidal e Helena Kelm.

  • CONHEÇA A LIVE GIRO DO MERCADO: De segunda à sexta às 12h, estamos AO VIVO no canal do Youtube do Money Times, trazendo as notícias mais quentes do dia e insights valiosos para seus investimentos. Esperamos você!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Frequência de reajustes da Petrobras preocupa

O Itaú BBA lembrou que o reajuste anunciado hoje é o segundo desde que a nova estratégia comercial foi anunciada, em 16 de maio.

“Isso pode apontar para uma frequência de reajustes acima do esperado, o que tem preocupado os investidores, já que a nova estratégia não divulgou uma periodicidade definida”, disse em relatório assinado por Monique Greco.

A Petrobras anunciou que, a partir desta sexta (16), o preço médio de venda da “gasolina A” para as distribuidoras passará de R$ 3,02 para R$ 2,66 por litro. Trata-se de uma redução de R$ 0,36 por litro.

Segundo a Petrobras, a redução visa a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional.

Demais combustíveis não tiveram alteração nos preços.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.