Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4) está muito barata para ignorar, vê BB; veja potencial de retorno

01 ago 2024, 16:53 - atualizado em 01 ago 2024, 16:53
petrobras petr4
Segundo os analistas, alguns riscos não se concretizaram, notadamente mudanças na alocação de capital e nas
políticas de dividendos e comercial (Foto: Reuters/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) vive altos e baixos neste ano após a saída conturbada de Jean Paul Prates, que tinha a chancela do mercado, para a entrada de Magda Chambriard.

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Com a troca, analistas colocaram as ações ‘de molho’ até que o cenário ficasse mais claro. E esse foi exatamente o caso do BB Investimentos, que rebaixou a recomendação para neutra, mas que agora elevou a classificação para compra, com preço-alvo de R$ 47, potencial de alta de 27%.

Segundo os analistas, alguns riscos não se concretizaram, notadamente mudanças na alocação de capital e nas
políticas de dividendos e comercial, “cuja dinâmica atual vemos como favorável”.

O analista Daniel Cobucci calcula que ação está sendo negociada a múltiplos atrativos, vide o rendimento sobre fluxo de caixa livre (FCL yield), agora em 1,04 vezes, ante uma média de 1,22 nos últimos dez anos.

Já o EV/Ebitda (valor de mercado sobre resultado operacional) está em 2,8 vezes, ante pares negociados a uma média de 4,2 vezes, descontos respectivos de 15% e 32% que sugerem potencial relevante de valorização.

Para a casa, os resultados, com divulgação prevista para 08 de agosto, devem vir ligeiramente abaixo do primeiro trimestre, considerando os dados operacionais reportados, mas dentro das expectativas diante das janelas de paradas programadas de manutenção, e com um Brent ligeiramente mais alto.

“Os destaques positivos foram a continuidade do ramp up das novas plataformas e a elevada taxa de utilização do parque de refino, mesmo considerando as paradas programadas realizadas nas refinarias REPLAN, REDUC, RECAP, REVAP e REGAP ao longo do trimestre”, afirma.

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Como foi a produção da Petrobras?

A Petrobras divulgou na última segunda-feira (29) que a produção no segundo trimestre de 2024 alcançou 2,699 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed), alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a estatal, o incremento foi propiciado pela evolução na produção (ramp-up) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Na comparação com o primeiro trimestre deste ano (1T24), a produção foi 2,8% inferior, devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, dentro do previsto no PE 2024-28+, e ao declínio natural de campos maduros.

De acordo com a companhia, as vendas de derivados de petróleo no mercado interno tiveram aumento de 3,2% no trimestre, com destaque para a comercialização de diesel e de GLP, reflexo da maior atividade econômica e de temperaturas médias mais baixas, respectivamente.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.