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Petrobras (PETR4) pode fechar a torneira de dividendos? UBS BB calcula cenário em que sim

10 maio 2023, 14:37 - atualizado em 10 maio 2023, 14:37
Petrobras, dividendos
A Petrobras (PETR4) está mostrando interesse em aumentar a sua presença em setores-chave (Imagem: Bloomberg)

O UBS BB avalia que potenciais novas aquisições da Petrobras (PETR4) podem colocar em risco a distribuição de dividendos da companhia.

Luiz Carvalho e equipe de analistas calculam essa possibilidade em meio a rumores de que a petroleira poderia aumentar sua presença em setores-chave. As investidas seriam através de aquisições de empresas, como Vibra Energia (VBBR3) e Braskem (BRKM5).

Nas estimativas do banco, “há espaço para a Petrobras, sem grandes danos, adquirir tanto a Vibra quanto a Braskem”. No entanto, ambas as decisões seriam negativas para a petroleira. Isso porque “haveria espaço limitado para dividendos” após essas operações.

Entenda os casos

Recentemente, o mercado tem falado sobre o interesse da Petrobras de voltar a distribuir combustíveis, medida fortalecida pelo governo Lula. A estatal, inclusive, já entrou com pedido na Justiça para retomar a marca BR Distribuidora, atual Vibra Energia.

Para o UBS BB, essa operação faria com a petroleira retomasse sua proximidade com os clientes finais e ter maior potencial de impacto nos preços das bombas, além de avançar com a transição renovável.

Já a Braskem voltou ao noticiário após a petroleira árabe Adnoc e a gestora Apollo supostamente realizarem uma oferta para comprar a fatia da Novonor na petroquímica.

Contudo, a Petrobras teria direito de preferência na participação da Novonor, podendo decidir fechar capital da Braskem posteriormente ou não.

A aquisição da participação da Novonor pela petroleira não desencadearia um tag along. O termo refere-se a um mecanismo de proteção a acionistas minoritários que, se usado, seria negativo para os acionistas de ambas as empresas, segundo o UBS BB.

Os analistas do banco preferem um aumento de exposição à Vibra em relação à Braskem. Embora os dois casos “possam ser um gatilho negativo para a Petrobras, com cortes implícitos nos dividendos”, defendem.

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