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Petrobras (PETR4) pode elevar preço do diesel em 4%, diz Santander

28 jan 2025, 12:55 - atualizado em 28 jan 2025, 12:55
petrobras petr4
(Imagem: Kaype Abreu / Money Times)

O Santander disse nesta terça-feira (28) que a Petrobras (PETR4) pode elevar os preços do diesel em cerca de 4%, o que reduziria o desconto atual em relação aos preços de paridade de importação (IPP).

Hoje, esse desconto está em torno de 13%, menor que os 20% registrados há uma semana, mas ainda distante dos 5% observados no início de 2024, destacou o banco em relatório assinado por Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz.

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Além disso, a diferença entre o crack spread do diesel da Petrobras (margem de lucro obtida no refino) e o da Costa do Golfo dos EUA (USGC) também pesa nessa análise. O crack spread da estatal está em US$ 18 por barril, enquanto o histórico gira em torno de US$ 22 por barril, de acordo com o Santander.

No caso da gasolina, o desconto atual em relação ao IPP é de cerca de 10%, também menor que os 12% da semana passada. O crack spread da Petrobras para o combustível está em US$ 5 por barril, abaixo da média histórica de US$ 10 por barril.

Na véspera, a presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a companhia deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas, segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo.

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Aumento ‘restaura a lucratividade’ em refino

Para o Santander, o aumento do preço do diesel deve restaurar a lucratividade do segmento de refino, melhorar a confiança dos investidores na empresa e reforçar a percepção de governança e política de preços da Petrobras.

O banco reiterou a recomendação de compra para as ações da Petrobras (classificação “Outperform”), destacando a empresa como sua principal aposta na América Latina.

De acordo com os analistas da instituição, um aumento nos preços dos combustíveis será um importante catalisador para os papéis da estatal, especialmente com a proximidade dos resultados do quarto trimestre de 2024.

O Santander prevê um retorno em dividendos (dividend yield) de 13% para 2025, considerando um preço médio do barril de petróleo Brent em US$ 70. Esse retorno poderia subir para 15% a 17%, caso o Brent fique entre US$ 75 e US$ 80, disse.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.