Petrobras (PETR4): Pior cenário está mais distante, diz BTG
A posse do governo Lula e a posterior divulgação dos resultados do primeiro trimestre pela nova equipe de gestão da Petrobras (PETR4) deram alguma garantia de que as maiores preocupações sobre a petroleira foram amenizadas, disse o BTG Pactual nesta segunda-feira.
A avaliação foi feita após uma série de anúncios que analistas do banco consideraram positivos. Depois de reportar um lucro de R$ 38 bilhões, a Petrobras informou o pagamento de US$ 5 bilhões em dividendos, em linha com a política adotada nos últimos anos.
Além disso, a companhia afirmou que não vai construir novas refinarias e destacou que as discussões para mudar a política de preços de combustíveis visarão apenas buscar participação de mercado e redução da volatilidade dos preços sem desconsiderar os preços internacionais.
Novas estimativas para Petrobras
O BTG disse, e relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte, ter ajustado “ligeiramente” o preço-alvo para Petrobras, a R$ 34/PETR3-PETR4, refletindo uma premissa de preço de petróleo de longo prazo de US$ 65 e um custo médio ponderador de capital real de 11,2%.
A recomendação para as ações, no entanto, segue “neutra”.
“Por enquanto, estamos assumindo o mesmo preço-alvo para ambas as ações e preferimos as preferenciais”, disse. “Mesmo com menores chances de privatização da empresa até 2026, juntamente com o risco de dividendos mais baixos, vemos pouca justificativa para o prêmio persistir”.
O banco aumentou a expectativa para o Ebitda da companhia neste e no próximo ano em 4% e 6%, para US$ 57 bilhões e US$ 55 bilhões, respetivamente. O ajuste reflete preços de combustível acima da paridade internacional e custos reduzidos de produção e exploração.