Petrobras (PETR4), PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) sobem no Ibovespa, na contramão da queda do Brent após Opep+

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu nesta quarta-feira (3) aumentar em 100 mil barris as cotas diárias de produção, totalizando 44 milhões de barris produzidos diariamente.

O aumento foi considerado insuficiente para o apetite por petróleo de países como os Estados Unidos, que têm instado aos países exportadores uma maior elevação da oferta global como forma de aliviar a inflação de combustíveis.

Para alcançar este objetivo, Joe Biden realizou às pressas uma viagem para a Arábia Saudita e buscou um compromisso pelo aumento da produção de petróleo por parte do príncipe Mohammed Bin Salman.

Segundo avalia o economista de commodities da Capital Economics, Edward Gardner, é importante notar que nem todo aumento anunciado nas cotas irá se traduzir em produção real.

Gardner diz que “gaps” de infraestrutura e de capacidade produtiva entre os países-membros geram assimetrias no suprimento de petróleo e justificam, por sua vez, números inferiores de barris produzidos com relação às cotas anunciadas pela Opep+.

Ainda conforme a instituição, é esperado que, até o final do ano, o valor do Brent permaneça flutuando em volta dos US$ 100 por barril.

Opep+ e estoque nos EUA pesam no petróleo

Apesar da diminuição anunciada no ritmo da produção, o preço do barril de petróleo tipo Brent, a referência global, inverteu o sinal durante o pregão e recua quase 4%, cotado a US$ 96,99. Já o WTI, a referência americana, caía 3,80%, cotado no limiar da marca de US$ 90 o barril, a US$ 90,87.

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Petroleiras brasileiras na contramão

Apesar do noticiário internacional mais negativo sobre o petróleo, as ações de petroleiras brasileiras se descolam.

Por volta das 16h30, Petrobras PN (PETR4) subia 0,74%, enquanto 3R Petroleum (RRRP3) avançava 0,94%. PetroRio ON (PRIO3) também subia, com +1,50%.

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