Petrobras (PETR4): Pagamento de dividendos pode exigir alta da alavancagem, vê Itaú BBA

A Petrobras (PETR4) pode precisar aumentar a sua alavancagem para cumprir com o pagamento de dividendos ordinários deste ano, avalia o Itaú BBA, em meio aos questionamentos sobre a execução da política de remuneração da companhia no atual cenário de baixa nos preços do petróleo.
A equipe de analistas liderada por Monique Greco pondera que, caso os preços da commodity permaneçam em torno de US$ 65 por barril pelo restante de 2025, a estatal precisará aumentar a dívida bruta para US$ 64 bilhões até o final do ano, ante US$ 60 bilhões no quarto trimestre de 2024.
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O aumento permanece abaixo do limite máximo de US$ 75 bilhões de dívida bruta. No entanto, os analistas chamam atenção para caso os preços do petróleo caíam abaixo de US$ 50 por barril.
Neste caso, o BBA estima que o aumento de alavancagem necessária para manter a política de dividendos elevaria a dívida acima do limite no próximo ano.
“Reconhecemos que a empresa pode considerar alavancar oportunidades para priorizar o pagamento de dividendos no curto prazo, embora não tenhamos certeza sobre a extensão e a duração de tais ações”, colocam os analistas.
A classificação do Itaú BBA para PETR4 é “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço-alvo de R$ 49.
Petróleo pressionado pela guerra comercial
O desempenho do petróleo no mercado internacional tem sido impacto pelas tensões da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. As incertezas sobre os próximos passos em torno do conflito mantém volatilidade nos mercados em geral.
A mais recente retaliação foi a elevação por parte da China da tarifa sobre os produtos norte-americanos para 125%, um dia após a Casa Branca confirmar uma taxa de 145% sobre os bens e mercadorias fabricados no território chinês.
Nesta sexta-feira (11), o contrato mais líquido do Brent, referência mundial, opera em alta, avançando 2,30%, por volta de 15h45.