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Petrobras (PETR4): Pagamento de dividendos pode exigir alta da alavancagem, vê Itaú BBA

11 abr 2025, 16:05 - atualizado em 11 abr 2025, 16:05
dividendos petrobras
A Petrobras está sente o impacto da queda dos preços do petróleo, em meio a guerra comercial entre EUA e China (Foto: Reuters/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) pode precisar aumentar a sua alavancagem para cumprir com o pagamento de dividendos ordinários deste ano, avalia o Itaú BBA, em meio aos questionamentos sobre a execução da política de remuneração da companhia no atual cenário de baixa nos preços do petróleo.

A equipe de analistas liderada por Monique Greco pondera que, caso os preços da commodity permaneçam em torno de US$ 65 por barril pelo restante de 2025, a estatal precisará aumentar a dívida bruta para US$ 64 bilhões até o final do ano, ante US$ 60 bilhões no quarto trimestre de 2024.

O aumento permanece abaixo do limite máximo de US$ 75 bilhões de dívida bruta. No entanto, os analistas chamam atenção para caso os preços do petróleo caíam abaixo de US$ 50 por barril.

Neste caso, o BBA estima que o aumento de alavancagem necessária para manter a política de dividendos elevaria a dívida acima do limite no próximo ano.

“Reconhecemos que a empresa pode considerar alavancar oportunidades para priorizar o pagamento de dividendos no curto prazo, embora não tenhamos certeza sobre a extensão e a duração de tais ações”, colocam os analistas.

A classificação do Itaú BBA para PETR4 é “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço-alvo de R$ 49.

Petróleo pressionado pela guerra comercial

O desempenho do petróleo no mercado internacional tem sido impacto pelas tensões da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. As incertezas sobre os próximos passos em torno do conflito mantém volatilidade nos mercados em geral.

A mais recente retaliação foi a elevação por parte da China da tarifa sobre os produtos norte-americanos para 125%, um dia após a Casa Branca confirmar uma taxa de 145% sobre os bens e mercadorias fabricados no território chinês.

Nesta sexta-feira (11), o contrato mais líquido do Brent, referência mundial, opera em alta, avançando 2,30%, por volta de 15h45.



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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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